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Estado de Minas editorial

Carnaval da redenção

Assim como não desafina no samba, o Brasil é capaz de fazer o que for possível para que o futuro que todos baseiam chegue mais rápido


19/02/2023 04:00

Depois de todo o sofrimento causado pela pandemia do novo coronavírus, finalmente os brasileiros poderão curtir um carnaval com toda a alegria que merecem. As ruas estão tomadas por blocos, as escolas de samba prometem um espetáculo inesquecível, tudo conspira a favor daqueles que aguardavam, há dois anos, para tirar da garganta o grito entalado da felicidade. Mas é preciso tomar os devidos cuidados. Diversão é bom, mas tudo, quando feito sem precaução, tem consequências nada agradáveis.


O Ministério da Saúde acabou de divulgar um dado assustador. Há mais de 100 mil brasileiros circulando sem saber que carregam o vírus HIV. Muitos o contraíram justamente porque não tomaram medidas básicas de proteção, como o uso de camisinha nas relações sexuais. A maior parte dessas pessoas é de jovens que nunca viram ninguém próximo morrer de Aids. O Brasil, como se sabe, foi pioneiro no controle do micro-organismo por meio de um amplo e gratuito programa de distribuição de medicamentos.


Não é só. A violência é uma realidade. Portanto, nada de se expor a perigos desnecessários. Saia de casa disposto realmente a se divertir. Álcool em excesso reduz a capacidade de autocontrole. Isso vale para aqueles que estão a pé e, sobretudo, para os que vão dirigir. Bebida alcoólica não combina com direção. Carro é uma arma. A recomendação, portanto, é que reveze com os amigos quem será o motorista da vez. O Brasil precisa sair das estatísticas dos países onde mais se morre no trânsito.


Quando a folia passar, o país vai se deparar com seus desafios. É vital que o Brasil se reencontre com o crescimento econômico. São muitas as oportunidades à frente, mas, sem a esperada pacificação política e social, o risco de se desperdiçarem conquistas importantes é grande. Felizmente, a percepção é de que a sociedade está disposta a recolocar a maior nação da América Latina nos eixos. Todos ganharão.


Assim como o carnaval é uma festa em que todos são iguais, ricos, pobres, remediados, o Brasil real precisa reduzir as desigualdades sociais. Isso passa, principalmente, pelo avanço da economia, que, na última década, cresceu, em média, menos de 0,5% ao ano. Não é nada ante o necessário para agregar ao mercado de consumo milhões de brasileiros que não têm o que comer. Ferramentas há, e a principal delas é o controle da inflação, o pior imposto que incide sobre os mais vulneráveis.


Esse será o carnaval da redenção. De um Brasil esperançoso por dias melhores, mais tolerante e mais unido. Os desafios de fazer a locomotiva do crescimento avançar são de todos. Com o sorriso, o país da alegria será capaz de mostrar ao mundo que, assim como não desafina no samba, está pronto para fazer o que for possível para que o futuro que todos baseiam chegue mais rápido.
Será um momento de regozijo ver famílias, amigos, vizinhos, que por questões políticas se separaram, reconciliando-se. O carnaval está aí. Que todos aproveitem para lavar a alma. Mas, sempre, tomando os cuidados que a ocasião pede. Depois da quarta-feira de cinzas haverá muitos outros amanhãs.


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