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Estado de Minas Editorial

O propósito e a longevidade

Pessoas com maior senso de propósito indicaram o menor risco de morte


30/12/2022 04:00

Fim de um ano e começo de outro, período em que muitas pessoas aproveitam para refletir sobre si mesmas e projetar o futuro. Uma pesquisa recente, desenvolvida pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston (BU), nos Estados Unidos, relaciona o alto senso de propósito dos seres humanos a um menor risco de morte. Estudos anteriores já mostravam que à medida que a pessoa percebe um senso de direção e de objetivos na vida, ela terá benefícios como proteção à própria saúde, melhor funcionamento do corpo e menores riscos de problemas cardiovasculares ou até mesmo um declínio cognitivo. 

Neste levantamento, publicado também na revista científica Preventive Medicine e liderado por um cientista de Boston, descobriu-se que a combinação entre propósito e prolongamento da vida é mais associada às mulheres, mas independe de raça e etnia. Talvez pelo simples fato de que, por uma questão cultural, elas são sempre mais atentas no quesito cuidados com a própria saúde e, consequentemente, mais “protegidas”. Por outro lado, os homens são, sem dúvida, menos propensos a buscar ajuda. Segundo o principal autor do estudo, um epidemiologista, tudo se baseia em ter um propósito. Mas o que seria esse propósito? 

O professor Marco Antônio Cortella, filósofo e pesquisador da mente humana há 47 anos, diz que o termo pode ser caracterizado por tudo aquilo que nos impulsiona, que faz a vida valer, e, talvez por isso, esse estímulo faz com que nossa existência se prolongue. Diante de uma vida submetida a uma série de intercorrências, especialmente no campo da saúde – a exemplo do surgimento de novas pandemias, surtos, doenças, vírus e bactérias –, a preocupação com as taxas de mortalidade passa a ser um fator a ser considerado. Se conseguimos transformar esse propósito em algo produtivo, competitivo e por que não lucrativo, esse propósito nos mostra que somos capazes. 

Os pesquisadores também se utilizaram de um estudo com 13 mil adultos americanos de 50 anos ou mais. Foram avaliados aspectos como bem-estar e felicidade. Além disso, foi observado o risco de mortalidade ao longo de oito anos. E as conclusões corroboram com os estudos citados anteriormente: pessoas com maior senso de propósito indicaram o menor risco de morte (15,2% de risco de mortalidade) em comparação com pessoas com menor senso de propósito (36,5% de risco de mortalidade).

Reforçando as pesquisas, uma equipe de especialistas do King’s College London, no Reino Unido, fez uma comparação entre 28 estudos envolvendo 190 mil participantes de 21 países e chegou ao seguinte veredicto: cuidar do outro – seja dos familiares, seja como voluntário – funciona como uma espécie de escudo de proteção contra os males do mundo moderno. O status socioeconômico, saúde física básica e depressão foram apontados como aspectos que interferem na saúde de forma a ampliar ou reduzir o senso de propósito. Por fim, esses resultados podem ajudar a informar políticas futuras e outros esforços para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas.


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