(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas editorial

Dia Nacional da Família

A sociedade precisa lutar contra agressões e mortes de homossexuais e preconceitos com famílias constituídas de pessoas do mesmo sexo


07/12/2022 04:00


Poucas pessoas sabem, mas amanhã, 8 de dezembro – em que se celebra Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira da Igreja Católica –, também é o Dia Nacional da Família, cujo decreto data de 1968. Se analisarmos as últimas décadas, é impressionante como o termo família absorveu novas nuances.
 
Pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), família é todo e qualquer conjunto de duas ou mais pessoas ligadas por laços de parentesco, consanguinidade ou adoção na unidade doméstica, residente em domicílios particulares. E embora os dados mais atualizados sobre o perfil das famílias brasileiras seja de 2017 (Pnad), já que o novo Censo Demográfico será finalizado somente este mês, desde essa época a população já assistia à avalanche de novas conformações familiares.
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2017) já revelava que o perfil da família nuclear (composta unicamente por mãe, pai e filhos) havia deixado de ser maioria nos lares brasileiros. O tradicional “arranjo” ocupava 42,3% dos domicílios pesquisados – uma queda de 7,8 pontos percentuais em relação a 2005, quando abrangia 50,1% das moradias.
 
Nucleares, mononucleares (ou monoparentais), binucleares (ou guarda compartilhada), reconstituídas e homoafetivas. Surgiu um novo vocabulário, assim como o comportamento humano mudou. Enquanto as mulheres adiam cada vez mais o sonho da maternidade, muitas das quais para investir na carreira, o reconhecimento da união homoafetiva pela Justiça contribuiu para que pessoas do mesmo sexo oficializem a união em cartório.
 
Por outro lado, mesmo nos casos em que os casais optem pela desunião, ganham cada vez mais espaço soluções como a guarda compartilhada, minimizando assim separações traumáticas, tanto para os ex-cônjuges quanto para seus filhos.
 
É verdade também que o Brasil ainda tem muito o que avançar sobre o tema. O atraso chega a uma década, se pensarmos que a Holanda, primeiro país a aprovar uma lei autorizando o casamento gay no Congresso, o fez em 2000.
 
No Brasil, a união entre pessoas do mesmo gênero, por exemplo, somente foi declarada legal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2011, com a alteração do entendimento do Código Civil de que a família só é formada por uma mulher e um homem.
 
A partir daí é que os casamentos – independentemente do sexo de seus constituintes –  passaram a seguir as mesmas regras e ter os mesmos direitos.
 
Enfim, o conceito de família foi ampliado e, juntamente com ele, outros aspectos nem tão nobres assim. E é contra esses aspectos – número de agressões e mortes de homossexuais, preconceitos contra famílias constituídas de pessoas do mesmo sexo ou uniões consideradas não tradicionais – que a sociedade precisa lutar. Enfim, esperemos o novo Censo Demográfico.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)