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Trombose: prevenção e o tratamento


05/09/2022 04:00

Andresa Peres
Farmacêutica das Drogarias Pacheco

A trombose é caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo que causa a obstrução e a inflamação da parede do vaso, prejudicando a circulação do sangue no corpo humano. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 180 mil pessoas são acometidas pela doença a cada ano no Brasil. Ela pode apresentar diferentes sintomas e graus de intensidade.

Antes de tudo, é importante ressaltar que a trombose pode surgir em todo o corpo, sendo mais comum nos membros inferiores. De modo geral, é classificada conforme o vaso sanguíneo no qual se manifesta. Quando o coágulo surge em uma veia de calibre maior e inicia um processo inflamatório, é conhecida como trombose venosa profunda (TVP), a forma mais comum da doença em todo o mundo.

Como consequência, a TVP reduz o retorno do sangue para o coração, causando inchaço, endurecimento e dor na região da inflamação. Outro sintoma muito relatado é a sensação de pernas pesadas, especialmente no final do dia. As varizes também podem ser um alerta para a TVP, apontando para uma deficiência na circulação de sangue na região. Elas são veias que sofreram perda na sua capacidade de transportar o sangue de volta para o coração de forma adequada, gerando manchas de tons verdes ou roxos na pele.

A outra categoria consiste na formação do trombo nas artérias, configurando um quadro de trombose arterial (TA). Nesse caso, o fluxo sanguíneo do coração é reduzido para uma determinada região do organismo. Esse é um quadro preocupante, pois pode acarretar a falta de oxigenação dos tecidos, além de poder evoluir para uma gangrena.

Em ambos os tipos (TVP e TA), a doença representa uma série de desafios para o paciente, causando dificuldades para se locomover ou fazer determinados movimentos. Para se prevenir, é importante conhecer os principais fatores de risco associados à trombose. Uma das razões biológicas para a TVP é a alteração nos fatores de coagulação, isto é, mudanças na concentração das proteínas do sangue que cicatrizam os tecidos. Isso pode ocorrer tanto por causas genéticas, quanto pelo uso de certos medicamentos.

 Outra causa biológica comum é a estase, quando a circulação sanguínea é estagnada após o corpo ficar sentado, deitado ou com as pernas na mesma posição por muito tempo. Por último, há a alteração na parede das veias, que podem sofrer danos por traumas, cirurgias e pelo consumo do cigarro.

Em relação à TA, a maior parte dos casos acontece em função da aterosclerose, que é a formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias. Esse quadro está associado a diversos fatores, tais como: colesterol elevado, diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo.

Entre os homens, os principais fatores de risco são o sedentarismo e o consumo de álcool e cigarro. Para as mulheres, os agravantes são gravidez e uso de pílulas anticoncepcionais, especialmente se não tiverem o acompanhamento médico adequado. Esses fatores podem causar alterações na coagulação e na composição das paredes das veias. Na gestação, o alerta é ainda mais elevado, uma vez que o aumento do peso e a mobilidade reduzida favorecem a estase.

Em relação ao tratamento, há medicamentos que reduzem a viscosidade do sangue e dissolvem o coágulo, ajudando a diminuir o risco e a evitar a incidência de novos trombos e de sequelas. No entanto, só devem ser usados sob rigorosa orientação médica. Por fim, massageadores pneumáticos intermitentes também são muito indicados nesses casos. Esses aparelhos são botas acolchoadas ligadas a bombas de ar, que as fazem inflar e desinflar de forma automática, estimulando a circulação nas pernas.

O mais importante é lembrar que o tratamento varia conforme o tipo de trombose e a gravidade do quadro. No caso da venosa, em geral, indicam-se anticoagulantes, meias elásticas para compressão das pernas e remédios que favorecem o retorno do sangue para o coração. Já na arterial, costuma-se recomendar a aspirina para dificultar a formação dos trombos, além de outras medicações vasodilatadoras que reduzem o colesterol. Para ambos os casos, a prática de atividades físicas supervisionadas sempre é indispensável. E vale sempre lembrar de evitar a automedicação e de buscar auxílio de um profissional de saúde para esclarecer dúvidas e orientar a melhor forma de agir diante da doença.


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