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Estado de Minas editorial

O que esperar do ano letivo 2022?

Falar em volta às aulas presenciais requer cuidado e planejamento para evitar que se amplie sem controle a disseminação do vírus


28/01/2022 04:00



Em meio às incertezas provocadas pela COVID-19 e pelo avanço da variante Ômicron, a vacinação para o público de 5 a 11 anos representa esperança e alívio para crianças e pais no ano letivo que está prestes a começar. Iniciada há uma semana, a imunização dessa faixa etária segue em estágios diferentes em cada região do Brasil, e ainda não há balanço oficial que reúna os dados de todos estados.

A expectativa agora é de que as doses cheguem também para os menores de 5 anos, em que pese a campanha contrária feita por negacionistas que minam o trabalho da ciência para colocar fim à pandemia. Aos que negam a gravidade do coronavírus para os pequenos, é importante o alerta de especialistas de que a doença também atinge esse público, e com desfecho muitas vezes dramático.

Desde o início da pandemia, morreram cerca de 1.500 crianças de até 11 anos em decorrência do coronavírus, enquanto são registrados mais de 2.400 casos da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) associada à COVID-19. Não é à toa que hospitais infantis em várias regiões do país estão operando com capacidade máxima nos leitos de enfermaria e UTIs.

Diante desse quadro, a preocupação de pais, professores e escolas é sobre como será o início do ano letivo, que, a princípio, ocorre em fevereiro. Com a proteção que começa a ser oferecida pela vacina, a esperança de que a vida escolar volte ao “normal” é grande, reforçada inclusive pelos que já receberam a primeira dose e estão ansiosos para retornar ao convívio com os colegas.

Com o início da imunização de crianças e o avanço da vacina entre adolescentes e jovens, vários estados e municípios preveem o início do ano letivo nas escolas públicas e particulares para a primeira e segunda semanas de fevereiro. Mas o retorno presencial pode ser adiado, se a contaminação pelo coronavírus continuar se espalhando. No Brasil, mais de 24,1 milhões de pessoas foram infectadas e 624 mil morreram pela doença desde o início da pandemia.

Portanto, falar em volta às aulas presenciais neste momento requer cuidado e planejamento por parte de governos e escolas, para evitar que se amplie sem controle a disseminação do vírus. Como não há coordenação centralizada, estados e municípios mantêm diretrizes diferentes para a retomada. Alguns governos, como o da Bahia e da Paraíba, exigirão o comprovante de vacinação para a presença dos alunos nas salas, enquanto outros, como o de Minas e do Distrito Federal, não determinaram, ao menos por enquanto, essa obrigatoriedade. Tudo vai depender do comportamento da pandemia nas próximas semanas.

Na rede privada, cada instituição define o próprio calendário e não estão descartadas atividades remotas para grupos de risco ou se houver nova explosão de casos de COVID-19. Nas universidades públicas e particulares, algumas avaliam a volta do ensino 100% presencial, enquanto outras ainda vão manter o modelo híbrido.

Fato é que o isolamento social imposto pela pandemia esgotou física e mentalmente crianças e jovens, justamente pela falta de socialização e de convivência com pessoas da mesma faixa etária, afetando inclusive o desenvolvimento físico e emocional. A expectativa de que 2022 seja diferente, ainda que dentro de um novo “normal”, faz com que a volta às aulas seja ansiosamente aguardada por todos.

E para que essa nova realidade seja possível, além dos cuidados já conhecidos por todos, é fundamental combater as fake news que têm surgido com intensidade em redes sociais sobre a vacina contra a COVID-19, assim como ampliar a disseminação de informação baseada na ciência, que já comprovou os benefícios de imunizar a população. A redução do número de mortes pela doença, mesmo com uma variante que tem um elevado e rápido poder de propagação, fala por si.



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