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Estado de Minas

O caminho da boa política


08/12/2021 04:00

Simone Tebet
Senadora e pré-candidata a presidente pelo MDB
ilustração artigo Opinião

Aprendi a arte da política desde muito cedo, quando ouvia, ainda criança, as conversas de portas entreabertas entre o meu pai e seus correligionários do MDB daquele tempo. Quis a história que o mesmo MDB do meu pai me convocasse para que, junto aos meus companheiros de agora, me predispusesse a cumprir a missão mais importante da vida de um ser político: ser candidata à Presidência da República.

Aceitei porque o MDB, meu partido desde sempre, teve um papel central na restauração da nossa democracia. Foi um intransigente defensor das liberdades. Lutou pelo fortalecimento das instituições republicanas e para que o país encontrasse o seu verdadeiro rumo. O MDB nunca faltou ao chamado da nossa história, principalmente quando atravessamos tempos de maior turbulência política, social e econômica. 

O Brasil de hoje exige uma nova arquitetura política que carregue em si o clamor da urgência. 

Temos um governo sem planejamento, sem uma política nacional e regional de desenvolvimento, e que, sem reformas estruturantes e sem orçamento para ciência e tecnologia, permite o sucateamento do nosso parque industrial, o fechamento do comércio e a destruição das oportunidades de trabalho dos prestadores de serviços.

Precisamos reconstruir este país com firmeza, coragem e determinação, e fazer a mudança que realmente importa: a do compartilhamento das nossas riquezas, através da igualdade de oportunidades.

O que isso significa? Significa que todas as crianças e todos os jovens tenham uma educação pública de qualidade, com valorização dos professores, da ciência e da tecnologia, com currículo condizente com os desafios do mundo moderno. 

Significa igualdade de oportunidades para que todos possam ter acesso, por meio de SUS devidamente financiado, à saúde básica gratuita e eficiente. 

Significa igualdade de oportunidades, para que todos alcancem a verdadeira cidadania por meio do emprego, do trabalho e da remuneração digna.

Significa, dada a incapacidade do poder público em investir na infraestrutura, pela exigência de vultosos recursos, a busca por parcerias público-privadas, que só serão viabilizadas após a consolidação de um ambiente adequado de negócios: segurança institucional (pelo amor à democracia) e jurídica (pelo respeito à Constituição).  

Digo sempre que, para conhecer o Brasil nas diferenças que nos unem, basta percorrer as terras de Minas Gerais e conversar com a gente mineira, ouvindo seus “causos”, suas canções e sua prosa amiga, porque Minas é, no conjunto harmônico das suas diferenças, um estado-síntese do Brasil. Como escreveu Guimarães Rosa, “...em seu território, ela ajunta de tudo, os extremos, delimita, aproxima, propõe transição, une ou mistura: no clima, na flora, na fauna, nos costumes, na geografia, lá se dão encontro, concordemente, as diferentes partes do Brasil. Seu orbe é uma pequena síntese, uma encruzilhada; pois Minas Gerais é muitas. São, pelo menos, várias Minas”.  

Sou mulher, mãe, professora, advogada. Além de prefeita, fui vice-governadora do meu estado, Mato Grosso do Sul. Hoje, sou senadora da República. Os valores cristãos eu os aprendi no seio familiar. Os valores do trabalho eu aprendi em minha atividade profissional. Os valores do bem público eu aprendi na política, nos seus embates e confrontos, consciente de que não há valor maior do que o bem coletivo, a liberdade e a igualdade de oportunidades.

São esses os valores que levo comigo nesta nova empreitada política, consciente das pedras no meio do caminho, mas, como disse o poeta, “o caminho se faz ao caminhar”.  Esta será a minha missão: construir um novo caminho, sem essas pedras que nos levam a uma das maiores desigualdades sociais de todo o planeta, embora a riqueza dos nossos recursos naturais e humanos. O que me move é a convicção de que, na política, missão não se escolhe. Cumpre-se. Quem escolhe missões no caminho da política é porque perdeu-se da política no meio do caminho.


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