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Estado de Minas Editorial

União contra o caos no país


25/03/2021 04:00

Ainda que com um ano de atraso e mais de 300 mil mortes pela COVID-19, a iniciativa do governo federal de criar, em parceria com chefes de poderes e autoridades estaduais e municipais, um comitê para a adoção de medidas de combate à pandemia do novo coronavírus é muito bem-vinda. Um sopro de esperança num ambiente em que o negacionismo faz tanto mal. O discurso inicial dos principais integrantes do grupo foi positivo, mas é preciso muito mais para que as promessas de união, de trabalho conjunto, não fiquem só na retórica.
 
O momento dramático exige que o governo adote, de vez, uma postura mais pacifista nas relações com governadores e prefeitos. Não é possível que o embate entre o chefe do Executivo federal ponha em risco medidas que estão sendo tomadas por estados e municípios, que vêm lidando com um sistema de saúde em colapso, a ponto de pessoas morrerem na fila de espera de hospitais por falta de atendimento. Esse comportamento beligerante acaba enfraquecendo ações que são vitais para que se possa retomar o controle da disseminação do novo coronavírus.

Está claro para todos que, se não houver um movimento coordenado, o caos tomará conta do país em poucas semanas. As estimativas apontam que, até julho, o número de mortes no país pela COVID-19 poderá chegar a 500 mil. Se confirmada tal projeção, será um massacre. Nenhum governante de bom senso pode aceitar que esse quadro assustador se torne realidade. É urgente, portanto, correr com um amplo programa nacional de imunização, com reforço das ações de distanciamento social e de manutenção das medidas de higiene. Só a vacinação não será suficiente para conter o desastre.

Na reunião que tiveram ontem com o presidente Jair Bolsonaro, todos os presentes pediram diálogo, união, discurso a favor da ciência e não de defesa a medicamentos que não têm eficácia comprovada, apoio ao combate à pandemia e, claro, autonomia ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que ele atue como porta-voz no enfrentamento da doença. O Brasil já pagou um preço alto demais pelo descaso, pela falta de uma coordenação eficiente e pela disseminação da falsa ideia de que há tratamentos precoces que fazem milagre contra o novo coronavírus. Se isso existisse, tantos brasileiros não teriam morrido em tão curto espaço de tempo.

A adoção de medidas corretas, com vacinação ampla, fará com que o pior momento da crise sanitária seja superado mais rapidamente e com menos perdas humanas. Também será possível retomar a atividade econômica. Infelizmente, o primeiro semestre deste ano está perdido. Contudo, ainda é possível salvar os últimos seis meses, para que o Brasil engate um ritmo de crescimento que permita a criação de empregos e melhor distribuição de renda. O país só tem a ganhar se a politicagem, o populismo e o negacionismo forem jogados no lixo. Não há atalhos para salvar vidas.

A partir de agora, a população precisa acreditar na gravidade da doença, que já mata, em média, mais de 2 mil pessoas no país por dia – de cada 10 pessoas que perdem a vida para o coronavírus no mundo, três são do Brasil. Essas estatísticas são terríveis. Vozes unidas em favor da vida trarão racionalidade a todos. Basta de insanidade.


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