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A democracia dos EUA é a dinheiro...

Os republicanos estão diante de reações negativas cada vez maiores das empresas


17/01/2021 04:00

Sacha Calmon
Advogado, coordenador da especialização em direito tributário da Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e UFRJ
 
s pessoas físicas são "patinhos" que votam e se acham importantes por isso. Desde o início, os EUA são uma plutocracia clássica. No princípio, o voto era censitário. Votavam somente os proprietários. O voto feminino só ocorreu no século passado, assim como o dos negros.
 
Os republicanos estão diante de reações negativas cada vez maiores das empresas, que passaram a anunciar o corte em suas doações de campanha para aqueles que votaram a favor das contestações à vitória do presidente eleito, Joe Biden. Os negócios exigem normalidade.
 
Os anúncios da Amazon.com, General Electric, Dow, AT&T, Comcast, Verizon Communications, American Express, Airbnb, Best Buy, Mastercard e Marriott International, entre outros, ameaçam asfixiar os meios de arrecadação de doações para os republicanos, que em breve perderão o controle da Casa Branca e das duas casas do Congresso. Vale dizer: perderam poder.
 
A Hallmark Cards e a Mastercard confirmaram que tinham suspendido suas doações. A gigante dos cartões comemorativos Hallmark, que tem sede em Kansas City (Missouri), uma grande empregadora, informou em comunicado que seu comitê de ação política pediu aos senadores republicanos Josh Hawley e Roger Marshall que devolvessem todas as contribuições de campanha.
 
A Hallmark também condenou a invasão da sede do Congresso americano por manifestantes que pretendiam impedir a validação dos votos do colégio eleitoral. "A transição pacífica do poder é parte dos fundamentos de nosso sistema democrático e abominamos a violência de qualquer tipo".
Outras empresas, como a Ford, a Microsoft, o Google, da Alphabet, e o Facebook, anunciaram que suspenderiam as doações para os dois partidos. Isso representa uma mudança dramática para empresas que costumam distribuir dinheiro, generosamente, a membros do Congresso para garantir acesso.
 
O ataque da semana passada levou algumas a reavaliar essa abordagem. Os parlamentares foram obrigados a se esconder da turba por várias horas. Algo vai mudar profundamente nos EUA. As empresas procuram se libertar das grandes doações de campanha.
 
No Senado, sete republicanos votaram pela contestação dos resultados eleitorais do Arizona. Entre os que se opuseram à validação estão os dois principais republicanos na Câmara, Kevin McCarthy e Steve Scalise, e o senador Rick Scott, que, como novo chefe do Comitê Senatorial Republicano Nacional, chefiará os esforços para reconquistar a maioria no Senado nas eleições de 2022. Todas essas funções exigem grande arrecadação de recursos.
 
Cerca de dois terços de todos os republicanos da Câmara, entre eles legisladores experientes e partidários ferozes de Trump, apoiaram a contestação a Biden. Estão todos em apuros!
Segundo estrategistas, os grupos empresariais vão acompanhar a situação de perto nas próximas semanas para ver se os republicanos darão passos para restabelecer um sentimento de normalidade, como comparecer à posse de Biden.
 
"Cada uma dessas pessoas será analisada." "Todos irão para a vala comum dos sem nenhuma contribuição?" A vontade de trair Trump é grande (e necessária).
 
A arrecadação de doações para os partidos está em um momento de calmaria pós-eleitoral em Washington, o que dá às empresas e associações representativas alguma margem para decidir sua abordagem. As associações representativas, em particular, devem precisar de tempo para medir a temperatura entre seus membros.
 
A Associação Nacional dos Atacadistas de Cerveja avaliou que as ações da semana passada "exigem que todos façamos uma pausa e reflitamos sobre esse apoio". No último ciclo eleitoral, a associação doou um total de US$ 768.500 para os republicanos que votaram por contestar a vitória de Biden, de acordo com números compilados pelo grupo de supervisão Center for Responsive Politics.
 
Outros grandes doadores de campanha, como a Associação Nacional das Construtoras Imobiliárias e a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, ainda não tomaram uma decisão, segundo seus porta-vozes. Um analista disse que o boicote pode não ser permanente, já que as empresas vão querer garantir que seus telefonemas sejam atendidos por parlamentares dos dois partidos.
"A memória é curta e os ativos empresariais duram muito tempo", disse Kevin Book, diretor- gerente da ClearView Energy Partners. "Não tenho certeza se podemos concluir qualquer coisa de forma definitiva."
 
O resto do mundo já decidiu que o modelo Trump é um "lixo" perante a história.
Hitler, Mussolini e Stalin passaram negativamente. Trump e Bolsonaro também passarão. 
 
 


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