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Estado de Minas EDITORIAL

A farsa eleitoral


09/12/2020 04:00

O governo bolivariano do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, montou inquestionável farsa nas eleições legislativas do último domingo, boicotadas pela maior parte da oposição e com taxa de abstenção considerada elevadíssima (apenas 25% da população compareceu às seções eleitorais), o que, na visão de lideranças mundiais, deixa de conferir legitimidade ao pleito. O regime denominado socialismo do século 21, fundado pelo também ditador Hugo Chavez, jogou o país vizinho numa das piores crises econômica, social e humanitária de sua história.

Agora, elegeu a maioria das 277 cadeiras da Assembleia Nacional, último bastião dos oposicionistas liderados pelo deputado Juan Guaidó, presidente do Parlamento e autoproclamado presidente da República reconhecido por mais de 50 países, entre eles o Brasil, Estados Unidos e integrantes da União Europeia. Guaidó foi elevado ao mais alto cargo do país depois de ser apontado como líder da oposição e proclamado chefe do Executivo pela Assembleia Nacional em janeiro de 2019, depois de eleição presidencial considerada fraudulenta que reelegeu Maduro no ano anterior.

O Itamaraty não reconheceu o resultado das urnas do pleito de domingo passado e assinou comunicado conjunto nesse sentido com outros 15 países das Américas (Grupo de Lima), incluindo Canadá, Chile e Colômbia. A União Europeia também rechaçou, oficialmente, o resultado, devido à falta de transparência do processo eleitoral e o impedimento da participação de várias agremiações políticas. Os Estados Unidos já sinalizaram que não aceitam o escrutínio e declararam que continuam apoiando Guaidó, o mesmo acontecendo com a Alemanha.

Chama a atenção dos analistas políticos o fato de que o governo de Maduro não permitiu a entrada, na Venezuela, de observadores independentes, como da Organização dos Estados Americanos (OEA). Receberam autorização para acompanhar a eleição apenas observadores indicados por "países amigos", como Turquia e Irã, além de admiradores do ditador bolivariano que já estiveram no comando de suas nações, a exemplo de Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador), ambos defensores do fracassado socialismo bolivariano.

O líder opocionista venezuelano, apoiado por dezenas de países, esboçou uma reação considerada inócua pelos analistas. Ele convocou a população para uma consulta virtual para prolongar o mandato do atual Parlamento "até que seja possível organizar eleições livres e transparentes". Ele se esquece de que Maduro tem o controle territorial e das Forças Armadas, o que inviabiliza a montagem de qualquer outro governo no momento. Resta a Guaidó manter o apoio internacional para continuar a pressão sobre o regime, que não respeita os direitos humanos e levou a Venezuela ao gigantesco desastre econômico e humanitário.


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