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Déficit, ética, fakes, privacidade


10/08/2020 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras.
Jornalista
 
Três questões preocupam e desafiam os governantes e os brasileiros mais bem informados, nesta metade de um ano assolado por tantas crises.
A dos déficits das contas públicas, provocada, basicamente, pelas despesas com as folhas de pagamento de pessoal, o que exige reforma administrativa; e a reforma tributária, pela mesma razão, déficit orçamentário.
 
A terceira, menos grave, mas incômoda, a do excesso de notícias falsas, as fake news, disseminadas pelas chamadas redes sociais, contra e a favor do governo.
 
Por estarem interligadas pelo mesmo motivo, déficit fiscal, muitos entendem que a reforma administrativa deveria ser votada antes, no Congresso, e a tributária depois. Ou tramitarem juntas.
A administrativa deverá ser direcionada a racionalizar a gestão funcional e a conter e reduzir despesas com as folhas salariais. O poder público exagera na remuneração de determinadas categorias de servidores, o que provoca os déficits do Tesouro. Na linha de frente dos salários abusivos, os mais gordos entre os países civilizados, estão, todos sabem, os dos integrantes dos poderes Judiciário e Legislativo. Campeões em aprovar, eles próprios, os beneficiados, ministros, senadores, deputados, níveis remuneratórios e penduricalhos vergonhosos. Desrespeitam o teto salarial de R$ 39.293. Mais do que suficiente. Chegam a R$ 100 mil ou mais. Resultado: falta de verba para o governo nas áreas essenciais, como saúde, educação, segurança, transporte.
 
Daí, a necessidade de criarem-se novas fontes de renda, novos tributos, majoração dos atuais. O que se faz através de reforma tributária, como a que está para ser votada.
Por isso, a observação procedente: reduzir, primeiro, as folhas salariais dos três poderes, principalmente do Judiciário e do Legislativo, os mais abusivos. Depois, rever, unificar, racionalizar o sistema tributário.
 
São problemas que exigem solução e causam reação, quase sempre agressiva, dos afetados pelas medidas corretivas propostas.
 
O que leva a reclamar a geração de mais receita, isto é, mais impostos, tributos mais escorchantes. Quem aguenta?
 
Repito, será necessário, mas difícil. Ministros se julgam deuses inatingíveis pelos comuns mortais. Deputados e senadores não admitem invasão de suas prerrogativas, de suas decisões soberanas.
Por isso, talvez, Paulo Guedes, ministro da Economia, sábio, e Jair Bolsonaro, hábil, tenham decidido mandar ao Congresso primeiro a tributária, depois a administrativa. Duas batalhas ao mesmo tempo exigiriam mais tropas e armamentos. Que eles não têm.
 
Quanto ao problema menos grave, mas incômodo, das fakes, ninguém aguenta mais abrir o computador e receber tantas notícias e denúncias graves que, afinal, não são verdadeiras. O prudente será deletar, não repassar, o que prejudica a troca de informações sérias, corretas.
Decisões arbitrárias, arrogantes, ditadoriais a respeito, como as do ministro Alexandre Moraes, campeão de polêmicas que só prejudicam o conceito, já bem baixo, da corte dita suprema, subvertem a ordem democrática e a garantia constitucional mencionada.
 
Mas alguma coisa, alguma providência, precisa ser feita e tomada. Como conter a onda mentirosa sem criar a censura, sem impedir a livre manifestação do pensamento e da opinião, base da democracia, respeitada em todo o mundo livre. Exceto nos países dominados por ditadores que oprimem e silenciam seus habitantes. Que o bom Deus nos livre deles. Amém.

Privacidade e amizade A boa ética da imprensa não admitia, no passado, a invasão da privacidade de qualquer pessoa, a não ser em caso de investigação polícial na apuração de crime grave.
Parece que hoje já não é assim. O sensacionalismo é o que importa. Investigam até a vida de um santo, respeitado, puro em seus atos, amado no mundo inteiro, porque manteve até a morte amizade respeitosa e carinhosa com uma colega da juventude. Tão puros os dois amigos, ela casada, com filhos, netos, bisnetos, que deixaram as cartas que trocavam, sobre temas filosóficos e recordações da juventude, nos arquivos da Igreja, para serem um dia publicadas. Um jornalista norte-americano, em busca da fama e de enriquecimento fácil, pesquisou e nada encontrou além da demonstração de uma invejável amizade sincera e pura.
 
Pergunta para os de mente suja: e se em lugar de amiga fosse amigo?.

Diversos Há alguns anos, jornais elogiaram o gesto de juíza de um tribunal europeu, que abriu mão, por seis meses, de sua remuneração para ajudar seu país a superar uma crise financeira. Sua nobre decisão influenciou seus pares, que fizeram o mesmo. Um exemplo que poderia ser seguido em Brasília. Vale esperar sentado...
 
Cento e quarenta e seis, não 152, como divulgam, bispos católicos (10 de MG!) assinaram manifesto criticando o governo e o presidente Bolsonaro. Mas ficaram em silêncio, como toda a esquerda comunista, diante da corrupção escandalosa nos governos de Lula e Dilma. Sacerdotes já podem tomar partido na disputa política? Podem dividir a Igreja, que perde fiéis, em direita e esquerda? 


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