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Estado de Minas

Uma oposição ética. Seria sonhar muito?


postado em 30/12/2019 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras
Jornalista

Fim de ano é época de balanços, de prestação de contas, de recontar e rememorar o que se fez e o que se deixou de fazer. Em tudo. Na vida pessoal, na atividade profissional, especialmente na política. Os governantes divulgam o que conseguiram realizar, os da oposição honesta reconhecem os acertos e mencionam os desacertos, os da oposição radical contestam tudo, criticam e condenam, ressaltando os erros e ignorando os sucessos. É assim no mundo todo, não apenas no nosso Brasil, como alguns podem pensar. Faz parte da natureza humana. E a intensidade da crítica depende da formação do caráter e da personalidade de cada indivíduo. Mudar para melhor, difícil, impossível.
 
Aqui e agora, por exemplo. Leiam os jornais, os articulistas, os comentaristas de TV. Cada um chegando a uma conclusão diferente, baseada na análise que fez  dos números e dos resultados dos balanços oficiais. O leitor fica confuso diante da divergência de opiniões. Afinal, um cenário único, um mesmo balanço, um mesmo relatório, como aceitar e se posicionar diante de opiniões contraditórias, de  conclusões opostas, uns aprovando, outros reprovando?
 
No caso atual, o da administração comandada pelo presidente Jair Bolsonaro, o desencontro é mais acentuado. Os que dele divergem são os mesmos que tanto e tão entusiasticamente elogiavam e exaltavam os governos petistas de Lula e Dilma, apesar do descalabro, dos abusos, das apropriações indébitas praticadas e devidamente apuradas e comprovadas por eles cometidas. Os que agridem e acusam, não apenas divergem de alguns fatos e atos, o que seria digamos aceitável, mas radicalizam, não reconhecem nada, nenhum ato, nenhuma medida, nenhum resultado positivo. mesmo que comprovado por fontes neutras, independentes.
 
Os chamados "órfãos do petismo", assim agindo, se desqualificam a si próprios, pelo excesso acusatório, pela falta de respeito, pela negação da realidade revelada e comprovada dos feitos positivos dos governantes que os derrotaram nas urnas. Perdem credibilidade, ainda, no conceito da maioria absoluta da população, beneficiada pela melhoria das condições de vida e da economia, maioria que reconhece, e comemora, o fim da corrupção sistematizada.
 
A má vontade dos que atacam, agridem, criam factóides e divulgam notícias falsas contra Bolsonaro, sua brilhante equipe, sua família, tem efeito contrário ao pretendido. A opinião pública, que não é alienada nem burra, percebe a manobra certamente aética e desonesta, e está reagindo como deveria, mudando de canal na TV, e deixando de ler os articulistas radicais da esquerda frustrada e os jornais que os acolhe.
 

Não seria muito mais correto fazer oposição, indispensável no regime democrático, com respeito à verdade, à ética, criticando, quando necessário, reconhecendo os acertos, quando merecidos?  O país viveria em paz, sem a turbulência provocada  pelos desmandos oposicionistas, todos trabalhando pelo progresso, pelo desenvolvimento, pelo bem comum. Seria sonhar muito? 
   
Enfim, 2019 acabou. Mais um. Ou, se preferem, menos um. Quantos já se foram na vida de um pobre pastor de ovelhas, quase todas desgarradas do rebanho pelo destino ingrato e quase sempre cruel. Não vale a pena contar quantos, nem rememorá-los. O importante, dizem os sábios filósofos de antigamente, é o dia de hoje, aquele que passa célere nas suas 24 horas. Ontem já acabou, desapareceu, foi embora e não volta mais. Amanhã, incerto, imprevisível, apenas uma hipótese que pode não acontecer. Queira o bom Deus que aconteça para todos nós. Mas hoje está aí, diante de nós, aberto para que o aproveitemos por inteiro, com tudo a que, supostamente, temos direito. Não podemos perder a oportunidade para que não haja arrependimentos futuros.
 
Se me permitem, na onda do saudosismo bobo, termino com aqueles versos da canção que tanto sucesso fez na metade do século passado, quando o país e a política eram bem mais calmos e tranquilos: "Nos velhos tempos/ de rapaz solteiro/ eu vivia sem dinheiro/ e tudo me corria bem". Não é verdade, senhores e senhoras de mais de 50 anos?
Feliz 2020!


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