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Reconstrução mamária e a slowmedicine

A escuta do paciente precisa ser cuidadosa e respeitosa


postado em 16/11/2019 04:00

Dra. Vívian Lemos
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia do Hospital Vila da Serra e Cirurgiã Plástica do Núcleo Rara   

Dra. Marina Mourão
Angiologista e cirurgiã vascular do Núcleo Rara

O câncer de mama tem atingido pacientes cada vez mais jovens, embora a faixa etária predominante ainda seja depois dos 50 anos. Nesse sentido, é fundamental que as mulheres façam o autoexame da mama e tenham uma vida mais saudável, além do acompanhamento médico de rotina com o especialista.

Tendo em vista o conceito de "vida saudável" como forma de prevenção do câncer mamário feminino, praticar esportes e ter uma dieta equilibrada são formas de evitar que doenças como o câncer se desenvolvam. Isto deve-se ao equilíbrio hormonal e ao uso de alimentos funcionais os quais combatem os radicais livres. Ter um ritmo de vida onde é possível ter tempo para reconhecer as alterações corporais e modificá-las, antes mesmo que se adoeça, também é o caminho para prevenção. Da mesma forma, quando diagnosticada a doença, quanto mais cedo começar o tratamento melhores serão os resultados, não só do ponto de vista oncológico, como também para reconstrução mamária. Esse é um trabalho de equipe multidisciplinar, onde mastologista e cirurgião plástico atuam no mesmo tempo cirúrgico, garantindo, assim, a satisfação e segurança para a paciente de forma individualizada.

Refletindo sobre essa atenção dada à paciente diante da prevenção e da doença, buscamos adaptar uma nova maneira de encarar a relação médico-paciente. A slow medicine ou medicina sem pressa, como esse movimento é denominado e do qual somos adeptas, é caracterizada por ser uma filosofia de atendimento que valoriza essa relação, transformando consultas rápidas e "robotizadas" em sessões mais longas e cuidadosas, de forma a resgatar os valores humanos da medicina.

O tempo para ouvir é um dos pilares da slow medicine. A escuta do paciente precisa ser cuidadosa e respeitosa, seguindo, evidentemente, um raciocínio clínico.

Outro aspecto importante é o uso moderado da tecnologia. Para os crescentes adeptos desse movimento, a tecnologia é ferramenta fundamental, desde que usada com parcimônia, sem banalização. Muitos pacientes se queixam dos excessos de seu uso em detrimento de um tratamento mais humanizado, mais próximo. Todos nós sabemos como é importante sermos ouvidos nas mais diversas situações. E no caso da medicina, essa interação leva a caminhos muito melhores, obviamente.

Temos esse cuidado em ouvir o paciente dentro de um cenário agradável, onde ele se sinta à vontade e com tempo para compartilhar suas dúvidas, seja na prevenção ou no tratamento das doenças pertinentes à nossa especialidade. Temos constatado depoimentos de vida emocionantes que tocam a alma e transformam doenças em saúde.

Em recente evento, quando foram convidadas algumas pacientes que foram submetidas à reconstrução mamária para compartilhar suas experiências, pudemos comprovar a importância da escuta nesta relação médico/paciente e como isso impacta no tratamento e no seguimento clínico das mesmas. Todas, sem exceção, sentiram-se satisfeitas com o tratamento dado e reafirmaram a importância dessa relação na reconstrução da sua nova vida.




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