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Estado de Minas

Programas de compliance fracassam

O compliance depende das convicções da alta direção


postado em 18/06/2019 04:06

 

 




O assunto tem relevância crescente no cenário brasileiro, não apenas pela importância do compliance, combate à corrupção e avanço das legislações relativas ao tema, mas, principalmente, pelas consequências danosas que um fracasso dessa natureza pode significar para as empresas e pessoas. Os casos concretos existentes no mercado chamam a atenção, pois, conhecendo suas causas, a prevenção passa a ser possível, configurando-se numa arma valiosa para todos.

Diversas são as causas e todas merecem atenção redobrada, visto que podem ocorrer em qualquer instituição. Compliance é o termo consagrado no ambiente corporativo para expressar a existência de um mecanismo na empresa estabelecido para o combate de ilicitudes, fraudes, irregularidades, entre outros desvios de conduta. Por isso, permitir o seu fracasso implicaria tornar a organização vulnerável e abrir mão de todos os benefícios advindos desse sistema.

Para evitar esse desastre, a instituição precisa, de início, reforçar o caráter perene de suas iniciativas. Elas não são um mero projeto, com começo, meio e fim. Tudo deve funcionar como uma engrenagem, um modelo de gestão, que será aprimorado com o passar do tempo e jamais sendo uma ideia de, um dia, tudo estar concluído.

Assim, a alta direção precisa estar empenhada, de verdade, no apoio, engajamento e desejo, para o compliance manter-se sempre no grupo das prioridades. Um pequeno deslize nesse quesito gera razão suficiente para decretar-se o seu fim.

O compliance depende das convicções da alta direção, mas, também, de como o dia a dia é gerido. Um aspecto essencial diz respeito a nomear a pessoa certa, para a missão de responsável por manter o compliance vivo. Um erro habitual é a procura de um profissional de acordo com a sua formação acadêmica. Isso é o menos importante! O primordial é ter alguém com perfil apropriado para sensibilizar as pessoas e trazê-las para o lado daquelas afeitas em fazer o certo sempre. Simultaneamente, esse profissional precisa ter a capacidade e a coragem de dizer "não", para qualquer um na organização propenso em cruzar a linha da ética, independentemente do seu nível hierárquico.

Outra causa de insucesso do compliance corresponde à implementação de sistemas inadequados. Se forem subdimensionados, os riscos continuarão presentes. Por outro lado, os superdimensionados promovem a burocracia desnecessária e sufocam a organização. Além desses, há os mecanismos não efetivos, normalmente, devido a seus responsáveis nem saberem como averiguar essa grandeza. Portanto, seja qual for a natureza desse equívoco, não irá tardar para as pessoas pararem de acreditar nos seus princípios básicos, levando o sistema todo, rapidamente, a um colapso. Com relação a essa terrível possibilidade, cabe observar a proliferação dos pseudoespecialistas, cada vez mais assombrando o mercado, com soluções descabidas para seus clientes.

Por fim, não menos importante, uma característica comum encontrada em diversas corporações: a arrogância. Quando o profissional de compliance pensar que sabe tudo ou que a empresa já fez tudo, consolida-se um passo firme na direção do fracasso.


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