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Sem educação não há solução

Nas escolas, o tema educação ambiental, que geralmente é multidisciplinar, deveria ser específico, principalmente educação urbana


postado em 11/01/2019 05:06

Entra ano, sai ano e o velho drama da falta de educação e cidadania é visto nas ruas, avenidas e praças das cidades país afora. Um simples copo e um canudinho de plástico jogados no chão podem parecer insignificantes para quem joga ou para quem passa por eles, mas, se cada pessoa parasse para refletir sobre as possíveis consequências desse desleixo, se assustaria. Acumulado e carreado pela enxurrada, o lixo até então esparso nas vias públicas se junta e pode causar tragédias inomináveis, porque entope bueiros e trava galerias, provocando mortes por afogamento e ainda mortandade de animais que engolem tanta sujeira nos rios e nos oceanos. E também doenças, como a dengue e outras similares, já que recipientes de plástico servem de criadouro para os vetores.

Imagens de lixo acumulado em vias públicas e de bueiros entupidos de sujeira, principalmente plástico, por incrível que pareça, não sensibilizam a população o suficiente pare evitar este péssimo hábito, jogar lixo em qualquer lugar sem o menor constrangimento. Dois exemplos bastam para ver o tamanho do problema. Em Belo Horizonte, são retiradas dos bueiros pela prefeitura cerca de 22 toneladas de lixo diariamente. No Distrito Federal, a Novacap recolhe 25 toneladas a cada dia dos 170 mil bueiros, um gasto anual de R$ 5 milhões, dinheiro que poderia ser investido em campanhas de educação ambiental, por exemplo.

E já que é praticamente impossível punir cada cidadão que insiste em jogar lixo nas ruas e praças, medida que seria muito justa pelos riscos que a sujeira representa, não há outro caminho senão o da educação. Campanhas educativas não faltam, mas, mesmo assim, são insuficientes. Então, é preciso ampliá-las, principalmente nas escolas. O ideal é que essa educação venha do berço, de dentro de casa, para que quando a criança chegar à escola já tenha uma base. E nas escolas, o tema educação ambiental, que geralmente é multidisciplinar, deveria ser específico, principalmente educação urbana, ou seja, ensinar crianças e adolescentes a viver e conviver em harmonia com o ambiente nas cidades.

Embora a variedade de lixo seja imensa, não há dúvida de que o maior vilão é o plástico, principalmente a praga das garrafas PET e das sacolinhas de compras. Enquanto estas voltaram livremente para os estabelecimentos comerciais depois de sucessivas tentativas de impedimento do uso, as primeiras são mesmo incontroláveis. São muitos os programas de reciclagem, mas a produção e a falta de educação são infinitamente maiores. Além dos transtornos nas cidades, o drama é grande nos rios e nos oceanos, onde esse tipo de material demora centenas de anos para se decompor e, enquanto isso, vai causando danos e tragédias ambientais. Basta dar uma olhada na internet para perceber o caos. São muitos os casos até de baleias que morrem “entupidas” com dezenas de quilos de plástico que acham que é alimento. E também de pássaros e répteis mundo afora.

Um exemplo assustador é o da chamada “ilha de lixo”, que fica numa região do Pacífico entre o Havaí e a Califórnia. É considerado o maior amontoado de lixo flutuante do planeta. Maior, incrivelmente, do que o estado do Texas (EUA), descoberto há alguns anos por um velejador que se viu entre milhões de toneladas de plástico flutuante e outros dejetos. Uma campanha de limpeza lançada por um jovem holandês, ao custo de US$ 32 milhões, está em andamento para limpar a área nas próximas duas décadas. Com certeza, terá êxito, mas sabe-se que, no fim das contas, será como enxugar gelo, porque, se as campanhas educativas não forem ampliadas, o lixo continuará sendo despejado livre e impunemente.

 

 


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