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Turismo, que negócio é esse?

O Brasil é o país mais competitivo do mundo na oferta de recursos naturais para a indústria de viagens


postado em 09/12/2018 05:06

Em carta recentemente enviada ao presidente da República eleito, o Brasil Conventions Visitors Bureau, entidade que representa nacionalmente os operadores brasileiros de turismo, mostrava ao próximo mandatário, com argumentos sólidos, a relevância dessa atividade para o país e a expectativa do apoio de seu governo à atividade. Trata-se de uma demanda que faz todo sentido. Os efeitos que o turismo é capaz de gerar no desenvolvimento do país, tanto em termos socioculturais e institucionais quanto, principalmente, econômicos, estão hoje, apesar de expor números relevantes, bem aquém do potencial brasileiro.
Nos resultados acumulados da última década, o turismo sempre esteve entre os 10 principais itens da pauta de exportações brasileiras – maior, inclusive, que as vendas de carne bovina no acumulado desse período. Mesmo assim, nosso turismo está hoje muito aquém de seu potencial. No ano passado, apesar de ativar mais de 60 atividades econômicas, gerando 2,9 milhões de empregos, e de ter movimentado receitas da ordem de US$ 7 bilhões, seu peso na nossa economia é de 7,9%, enquanto no México, por exemplo, é de 16%, com US$ 21 bilhões de receita. Um case a se destacar é o do Chile, onde, por causa de investimentos realizados pelo governo chileno na promoção internacional do destino, 6,5 milhões de pessoas visitaram o país em 2017, com crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior.
Os resultados brasileiros, portanto, não refletem o potencial existente. E isso, em boa parte, resulta do fato de se tratar de um setor fortemente impactado pelas políticas públicas: depende de infraestrutura, segurança, serviços de saúde e condições macro e microeconômicas favoráveis, como câmbio e tributação, entre outras. Ao mesmo tempo, há aqui um hiato com relação aos aspectos legais no mercado de viagens e turismo, como a descontinuidade das políticas públicas para o setor no Brasil, inclusive com o descumprimento da legislação que tornou o Plano Nacional de Turismo uma política de Estado.
A deficiência de infraestrutura básica de serviços, em todas as áreas no país, inibe e atrasa também o ambiente de negócios e o desenvolvimento do turismo. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o país mais competitivo do mundo na oferta de recursos naturais para a indústria de viagens. Mas transformar esse potencial em um destino turístico competitivo, eficiente e sustentável ainda é um grande desafio que, esperamos, seja encarado pelo novo governante. Um passo importante nesta direção já foi dado por Bolsonaro: a escolha do ministro, o deputado Marcelo Álvaro Antonio, uma escolha que agradou ao setor. Dele se esperam as ações necessárias para que o turismo transforme em resultados efetivos todo o seu imenso potencial de crescimento.


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