
O Serviço Geológico do Brasil alerta que os impactos da seca devem ser sentidos até o próximo ano. "Os níveis dos rios muito baixos e consequentemente suas vazões reduzidas tem potencial de gerar diversos impactos na região, por exemplo sobre: abastecimento; navegação; estabilidade geológica local, em razão dos fenômenos de terras caídas ocasionados pela diminuição muito rápida dos níveis de águas; e processos ecológicos, levando à mortandade de peixes em razão do reduzido espaço para circulação, elevação da carga orgânica e também das temperaturas das águas", diz a empresa governamental, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Ainda segundo o órgão, esses impactos afetam diretamente as populações ribeirinhas e a economia regional. O governo do Amazonas tem adotado uma série de ações emergenciais para acolher a população e minimizar os danos. Entre as providências já adotadas pela Defesa Civil do estado estão a capacitação de agentes municipais e estaduais, entrega de purificadores coletivos de água, emissão de alertas e orientações para a população e demais entes públicos.
O governo também distribui kits de higiene pessoal, hipoclorito de sódio, além de renegociar dívidas e fomentar os produtores rurais que serão afetados pela estiagem. Um dos fatores que contribuem para a chegada da seca histórica é o fenômeno climático El Niño, que inibe formação de nuvens de chuva, fazendo com que a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa, se comparada a anos anteriores.
