Ele conta ter ido comprar um presente para uma amiga e acabou sendo confundido pela vendedora com um entregador de aplicativo. "Não, eu vim aqui comprar, mas se o pagamento for bom quem sabe eu faço esse extra?", contou o jornalista no Instagram.
No Twitter, o apresentador ainda questionou: "Vocês sabem o nome disso né?". Ele observa que a comparação se caracteriza como um caso de racismo estrutural. "É como se você não tivesse condições de estar ali", disse em entrevista à TV Gobo.
Na discussão sobre o racismo existe um lugar de fala do branco, a fala sobre a perspectiva do privilégio. Mas, sobretudo, existe o lugar de escuta da branquitude privilegiada. É preciso ouvir quem luta há anos pelo que é de direito: respeito, dignidade, igualdade e oportunidade.
%u2014 Pedro Lins Filho (@LinsPedro) April 7, 2021
Pedro não divulgou o nome da loja onde o caso ocorreu, mas disse que acionou o shopping. Por meio de nota, o Shopping Recife lamentou o ocorrido e afirmou que a conduta não condiz com o "compromisso de tratar todos os clientes com respeito e igualdade".
O apresentador do telejornal local recebeu mensagens de apoio de colegas e seguidores, inclusive da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB). "Não podemos mais admitir que atos racistas aconteçam", declarou no Twitter.
Minha solidariedade ao jornalista @linspedro, alvo de atitude racista num shopping de nossa capital. Infelizmente ainda presenciamos isso em pleno Século XXI. Não podemos mais admitir que atos racistas aconteçam a nenhum pernambucano ou pernambucana. Contem comigo nesta luta!
%u2014 Raquel Lyra (@raquellyra) January 5, 2023