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Estado de Minas VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Começa audiência do caso de médico acusado de estuprar paciente no parto

Anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante há cinco meses acusado de estuprar uma mulher enquanto ela era submetida a uma cesariana


12/12/2022 12:00 - atualizado 12/12/2022 13:40

Montagem de duas fotos: à esquerda, o anestesista de avental verde tira uma foto em um espelho ; à direita, o flagrante do estupro com imagem distorcida
Anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi denunciado por estupro de vulnerável, (foto: Reprodução/Internet)
O caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31, preso em flagrante há cinco meses acusado de estuprar uma mulher enquanto ela era submetida a uma cesariana em São João de Meriti (RJ), começará nesta segunda-feira (12) a passar por AIJ (Audiência de Instrução e Julgamento).


A AIJ é uma fase do processo que antecede as alegações finais e a decisão da Justiça. Nela são ouvidos os depoimentos da vítima, das testemunhas de acusação e defesa.

Também são ouvidos os peritos. Por último, o acusado é interrogado. As declarações podem ser marcadas pelo juiz até 60 dias após o início da audiência.


O caso ocorreu no hospital da Mulher Heloneida Stuart, na cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.


Seguidos advogados deixaram a defesa de Bezerra. O primeiro, Hugo Novais, disse que só se manifestaria após ter acesso às provas. O médico será ouvido por videoconferência de dentro da prisão.


O caso está sob segredo de justiça e, por conta disso, a audiência não é aberta ao público e à imprensa. A reportagem apurou que os primeiros depoimentos serão da vítima e do marido, além das enfermeiras que trabalhavam na unidade e que foram fundamentais para que a prisão ocorresse.


Segundo a polícia, desconfiadas da postura do médico, as enfermeiras do hospital decidiram usar um celular para registrar o que ele fazia durante as cirurgias. Elas esconderam o aparelho em um armário e entregaram o vídeo à direção do hospital.

 

 

Nele, segundo a investigação, o anestesista coloca o pênis na boca da paciente, que estava sedada durante a cirurgia da cesárea. Há ejaculação e ele limpa o esperma com gazes. Médicos que realizavam a cirurgia não percebem o ato --um lençol suspenso na altura do peito da paciente obstruía a visão.


A desconfiança das enfermeiras ocorreu após o alto grau de sedação das pacientes do anestesista, que as impedia de acompanhar o nascimento dos filhos.


Além disso, o anestesista supostamente solicitava para que o acompanhante da parturiente saísse da sala de cirurgia, o que é ilegal.


O médico foi denunciado por estupro de vulnerável, que acontece quando a pessoa não tem o necessário discernimento para a prática do ato sexual ou não é capaz de oferecer resistência. É o que acontece, por exemplo, quando a vítima tem menos de 14 anos ou está dopada.


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