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Estado de Minas Carnaval do Rio

Pai e filha emocionam sambódromo com dueto em samba da Tijuca

Wantuir e Wic Tavares, intérpretes oficiais da escola, foram ovacionados pelo público presente à Marquês de Sapucaí


24/04/2022 11:44 - atualizado 24/04/2022 11:49

Wantuir e Wic Tavares, intérpretes oficiais da escola, foram ovacionados pelo público
Wantuir e Wic Tavares, intérpretes oficiais da escola, foram ovacionados pelo público (foto: Guilherme Peixoto/ EM/ D.A Press)
Rio de Janeiro - O desfile da Unidos da Tijuca, na madrugada deste domingo (24;4), na Marquês de Sapucaí, foi conduzido por vozes de uma mesma família. Isso porque os intérpretes oficiais da escola, Wantuir e Wictória Tavares, a Wic, são pai e filha. O dueto levantou o público do sambódromo e, tão logo começou a cantar, a moça foi ovacionada.

A Tijuca apostou em um samba de enredo sobre o universo indígena e a lenda do guarana, o fruto. A música, batizada de "Waranã - A Reexistência Vermelha", falou sobre Cauê, um "curumim" - criança - que foi mordido por Jupari, uma cobra maldosa.

Wic e Wantuir cantam juntos há pelo menos uma década. Experiente puxador do carnaval carioca, ele costumava levar a filha para compor o coral de apoio. Neste ano, porém, ela foi promovida ao posto de primeira voz. O pai comemorou a parceria.

"Tudo em família é mais confortável e jeitoso", disse, ao Estado de Minas.

A dupla de cantores da Tijuca veio vestida a caráter e entrou no espírito indígena. Wantuir, inclusive, se encheu de adereços indígenas. Ele utilizou acessórios fornecidos por habitantes da aldeia Maracanã, localizada na capital fluminense. 

"Fui buscar com eles para pegar a energia que trazem da terra e das nossas florestas", explicou o puxador, devoto de Nossa Senhora Aparecida.

Os estilos de Wantuir e Wic são complementares. Ele tem voz rouca e grave; ela, por sua vez, conseguiu dar emoção aos trechos dolentes da canção tijucana.

Apenas duas mulheres no microfone principal

Das doze escolas que desfilaram na Sapucaí entre sexta e hoje, apenas duas têm mulheres fazendo a primeira voz. Além da Tijuca, há o Paraíso do Tuiuti. Grazzi Brasil, a escolhida, já canta há quatro anos no sambódromo do Rio. Em 2018, ela ganhou notoriedade ao defender o samba "Meu Deus, meu Deus! Está extinta a escravidão".

Grazzi afirmou carregar consigo grande responsabilidade. 

"Sou muito feliz por ser uma das poucas mulheres [no posto de intérprete oficial}, mas a gente sabe que tem muita mulher boa, com competência para estar à frente de um carro de som", frisou. "Para a mulher, a oportunidade é demorada", completou.


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