![O presidente Bolsonaro é um defensor do tratamento com cloroquina(foto: Sergio Lima/AFP) Bolsonaro](https://i.em.com.br/EoreS2u_aouupANqDW3KDpAw7-Y=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/01/24/1339898/bolsonaro_1_49879.jpg)
"É com indignação e urgência que solicitamos ao ministro da Saúde a anulação da Portaria SCTIE/MS nº 4 de 20/01/2022, bem como a pronta aprovação das 'Diretrizes Brasileiras para o Tratamento Medicamentoso Ambulatorial e Hospitalar do Paciente com Covid-19' na forma em que foram aprovadas pela Conitec", diz o documento.
A Associação Médica Brasileira (AMB) explicou que, ao contrário do que diz a portaria, não existem mais dúvidas científicas sobre a não eficácia de hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina e outros medicamentos no tratamento da covid-19.
Na portaria publicada pelo Ministério da Saúde, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, Hélio Angotti Neto, quem assina o documento, indica que há efetividade e segurança no uso de hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19, hipótese já amplamente discutida e descartada pela comunidade científica.
A nota afirma que "há incerteza e incipiência do cenário científico diante de uma doença em grande parte desconhecida; presença de diversos medicamentos utilizados em caráter off-label durante a pandemia". No entanto, a AMB rebate.
"Nenhuma sociedade médica brasileira ou instituição pública nacional ou internacional tais como Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e outras recomenda o uso dessas medicações", declara.
Vacinas
Na portaria, Angotti ainda que diz que as vacinas contra a covid-19 não possuem efetividade e nem a segurança demonstradas nos ensaios, o que não é verdade já que todos os imunizante utilizados no Brasil foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passaram por estudos.
"A portaria da SCTIE/MS, em uma tabela desastrosa, tenta induzir erroneamente o entendimento que Hidroxicloroquina/Cloroquina (HCQ/CQC) tem comprovação de eficácia e é segura, e incrivelmente desacredita as vacinas contra covid rotulando como sem efetividade e com dúvidas sobre a segurança", critica a AMB.