A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou nesta quarta-feira, 7, que monitora 31 pessoas que tiveram contato com a família do homem de 45 anos diagnosticado com a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia. Amostras da mulher dele, que também apresentou sintomas da doença, serão analisadas pelo Instituto Butantan para verificar se ela também foi infectada pela variante.
Não será possível fazer o mesmo rastreamento com o enteado e o filho do casal, pois, segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o prazo para fazer o sequenciamento genético das amostras deles expirou.
De acordo com Nunes, a família mora no entorno da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Belenzinho, na zona leste da capital, e respeitou o isolamento social ao ser diagnosticada com o vírus. No entanto, embora a profissão da mulher não tenha sido divulgada, ela atua com relacionamento com o público e será necessário investigar se ela teve contato com alguma pessoa que viajou para um local com disseminação da variante, tendo em vista que o marido trabalha em casa. O resultado deve sair em 15 dias.
"São mais três parentes na residência, a esposa e dois filhos desse casal e todos foram confirmados com COVID, mas não se tem a confirmação deles para a variante Delta. A secretaria de saúde está providenciando o teste para verificar isso, mas o sequenciamento genético só vai ser feito na mulher. O senhor passa bem e está sem sintomas graves. Por sorte nossa, é uma família bastante consciente."
Embora o homem não tenha viajado, o prefeito afirmou que ainda não é possível falar em transmissão comunitária da variante. "Esse senhor não tem histórico de viagem, trabalha em home office, mas é muito prematuro falar em questão de contágio comunitário. Ainda está sendo analisado e estudado, estão sendo verificadas todas as pessoas do entorno. Nossas equipes estão lá em processo de investigação, estão monitorando de uma forma bastante ativa."
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, 31 pessoas que tiveram contato já foram identificadas, mas só duas apresentaram sintomas da doença e aguardam resultados de exames.
"A gente faz o rastreamento desde o início da pandemia e passamos a contactar todas as pessoas (que tiveram contato com caso positivo). A equipe da UBS já monitorava a família quando testou positivo e só depois viemos descobrir a cepa. Foi uma família que já se isolou antes do sequenciamento, colaborou."