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Estado de Minas manifestação

Protestos por todo o país

Milhares de pessoas foram às ruas de todas as capitais, cidades do interior e até fora do Brasil cobrando vacinas e o impeachment do presidente Bolsonaro


20/06/2021 04:00 - atualizado 19/06/2021 23:52

Em BH, manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade e seguiram pelas ruas até a Praça da Estação
Em BH, manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade e seguiram pelas ruas até a Praça da Estação

Milhares de pessoas saíram às ruas ontem em Belo Horizonte, no Distrito Federal e nos outros 25 estados do país e até no exterior para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. No dia em que o Brasil superou a marca de 500 mil mortes pela COVID-19 (leia mais na página, 4, 5 e 6), os manifestantes reclamaram principalmente da postura do chefe do Executivo diante da crise sanitária, e além de defenderem o impeachment de Bolsonaro, pediram mais vacinas contra o novo coronavírus, auxílio emergencial a R$ 600, entre outras pautas de cunho socioeconômico e racial.
Em Belo Horizonte, os manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde de ontem. O protesto, batizado “Mobilização por fora Bolsonaro”, na capital mineira, teve faixas e cartazes demonstrando o descontentamento com a postura do presidente da República ante a pandemia de COVID-19. Os manifestantes pediram o impeachment de Bolsonaro. “Se o povo vai às ruas protestar em plena pandemia, é porque o governo e mais perigoso que o próprio vírus”, mostravam os cartazes espalhados pelo protestos.

A manifestante Rosa Alves, de 72 anos, disse que a luta é motivada, principalmente, pela falta de vacinação. “Apesar de termos medo do vírus, temos mais medo do que vai acontecer no Brasil. Então estamos aqui lutando pela vacina, pela democracia.” Os estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando Junior, de 24 anos, e Ana Beatriz Rodrigues, de 22, acreditam que o movimento é muito importante. “O ato é necessário, é válido. É preciso, principalmente seguindo as medidas de segurança, todo mundo de máscara PFF2, com PFF2 sendo distribuída para quem precisa. É completamente o contrário que a gente vê no ato a favor do Bolsonaro, de forma que garanta a segurança das pessoas. E é isso que a gente precisa. De gente na rua pedindo impeachment e vacina”, constatou Ana Beatriz.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios foi ocupada por faixas e cartazes(foto: Sérgio Lima/AFP )
Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios foi ocupada por faixas e cartazes (foto: Sérgio Lima/AFP )


Além do grito contra Bolsonaro e pedidos por vacina, as causas antirracista, feminista e LGBT+ também foram pautas do protesto. Quem não pôde estar nas ruas, foi até as janelas para prestar apoio aos manifestantes. Organizadores fizeram apelo pelo uso de máscara e distanciamento, mas ele não foi observado em vários momentos.

Na capital do país, o ato aconteceu na Esplanada dos Ministérios. Movimentos sociais, grupos indígenas e políticos organizaram o protesto. Os manifestantes levaram cartazes e faixas criticando o presidente e acusando-o de genocídio por conta da quantidade de óbitos pela pandemia no Brasil. 

Um dos maiores protestos aconteceu em São Paulo, onde os manifestantes ocuparam boa parte da Avenida Paulista em um ato que começou de tarde e se estendeu durante a noite. A avenida precisou ser bloqueada para o trânsito de carros, visto que pelo menos nove quarteirões da via foram tomados pelos participantes da mobilização. Outros pontos da capital paulista, como a Praça Roosevelt e a Praça do Ciclista, também registraram atos.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi totalmente ocupada pelo protesto ontem(foto: Paulo Pinto/AFP )
Em São Paulo, a Avenida Paulista foi totalmente ocupada pelo protesto ontem (foto: Paulo Pinto/AFP )


No Rio de Janeiro, a maioria dos manifestantes protestou na Avenida Presidente Vargas, entoando cantos como “Fora Bolsonaro” e “Eu quero vacina, não cloroquina”. Eles ainda levaram bandeiras e cartazes pedindo o impeachment do presidente, vacinação, saúde e trabalho. Algumas celebridades compareceram ao ato no Rio, como o cantor Chico Buarque. Os atores Samantha Schmütz, Paulo Betti, Dadá Coelho e Malu Mader, com o marido dela, o músico Tony Bellotto, também estiveram na manifestação da capital fluminense.

Fora do país Mais de 20 cidades europeias registraram atos contra Bolsonaro, a exemplo de Madri (Espanha), Viena (Áustria), Dublin (Irlanda), Lisboa e Coimbra (Portugal), Londres (Reino Unido), Amsterdã (Holanda), Berlim, Frankfurt, Munique e Leipzig (Alemanha), Bruxelas (Bélgica) e Zurique (Suíça). 

Em outros países da América do Sul, brasileiros também protestaram contra o presidente. As manifestações aconteceram em Buenos Aires (Argentina), Caracas (Venezuela) e Bogotá (Colômbia). Ainda aconteceram atos nos Estados Unidos: Austin, Boston, Chicago, Flórida e Los Angeles foram alguns dos locais que receberam protestos contra Bolsonaro.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Marcílio de Moraes


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