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Estado de Minas CASO HENRY

MP denuncia Dr. Jairinho e Monique por homicídio triplamente qualificado

O Ministério Público ainda pediu a conversão da prisão temporária do casal para prisão preventiva


06/05/2021 16:03 - atualizado 06/05/2021 17:52

Jairinho e Monique estão presos, acusados da morte do menino Henry(foto: Seap/Divulgação)
Jairinho e Monique estão presos, acusados da morte do menino Henry (foto: Seap/Divulgação)
O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou por homicídio triplamente qualificado o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de apenas 4 anos, morto no dia 8 de março. O MPRJ ainda pediu à Justiça a conversão da prisão temporária dos dois para prisão preventiva.

 


No início da semana, a 16ª DP, responsável pelas investigações, havia concluído o inquérito e indiciado Jairinho e Monique por homicídio duplamente qualificado e tortura - no caso da mãe, por omissão à tortura.

Agora, o MPRJ enviou a denúncia com novos crimes e qualificadores. Além do homicídio, os dois também foram denunciados por fraude processual e coação no curso do processo. Monique também responderá por falsidade ideológica pelo fato de, em 13 de fevereiro - data de um episódio de tortura anterior ao dia da morte de Henry - ter prestado declaração falsa no Hospital Real D’Or, em Bangu, para onde levou o menino.

Em trecho da denúncia, a promotoria relata que "os intensos sofrimentos físicos e mentais a que era submetida a vítima como forma de castigo pessoal e medida de caráter preventivo consistiam em agressões físicas perpetradas pelo denunciado Jairo Souza Santos Junior".

A mãe de Henry irá responder pelo crime de homicídio por omissão. Segundo a promotoria, ela tinha o dever de proteção e vigilância.

 

"A denunciada Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida consciente e voluntariamente, enquanto mãe da vítima e garantidora legal de Henry Borel Medeiros, se omitiu de sua responsabilidade, concorrendo eficazmente para a consumação do crime de homicídio de seu filho, uma vez que, sendo conhecedora das agressões que o menor de idade sofria do padrasto e estando ainda presente no local e dia dos fatos, nada fez para evitá-las ou afastá-lo do nefasto convívio com o denunciado Jairo", diz o texto.

A defesa de Monique, composta pelos advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad, informou às 14h25 que ainda não havia sido intimada da denúncia nem conhecia seu teor, e que vai se manifestar assim que tomar conhecimento dela. Na terça-feira, após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, o trio emitiu nota afirmando que o inquérito "foi finalizado prematuramente com erros investigativos".

O advogado Braz Sant'Anna, que representa Jairinho, não se manifestou nesta quinta-feira, até a publicação desta reportagem. Na terça-feira ele informou que só se pronunciaria após a denúncia.


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