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Estado de Minas

Caso Henry: testemunha diz que menino ligou para a mãe após apanhar

A mesma mulher disse que Monique ligou para o namorado, Jairo Souza Santos Junior, o dr. Jairinho, e gritou com ele, alegando que Henry não era um problema


15/04/2021 23:24 - atualizado 15/04/2021 23:31

Uma atendente de um salão de beleza disse que chegou a ouvir uma ligação da mãe do menino(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Fotos Publicas)
Uma atendente de um salão de beleza disse que chegou a ouvir uma ligação da mãe do menino (foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Fotos Publicas)
Após a professora Monique Medeiros, mãe do Henry Borel, trocar de defesa, na quarta-feira (14/4), a Justiça avança na apuração sobre a morte da criança de quatro anos. Uma atendente de um salão de beleza disse que chegou a ouvir uma ligação da mãe do menino, na qual ele pedia que ela voltasse para casa, pois estava sendo vítima de Jairinho.

 

A mesma mulher disse que Monique ligou para o namorado, Jairo Souza Santos Junior, o dr. Jairinho, e gritou com ele, alegando que Henry não era um problema entre eles. Em entrevista ao Correio, Leonardo Barreto, advogado de Leniel Borel, pai de Henry, diz que a testemunha realmente relatou o episódio, mas que é preciso saber quando exatamente ocorreu o episódio antes da morte do menino.

 

“Porque não é natural, e pode ser até razoável que ela tenha ficado chateada e estivesse querendo saber o que estava acontecendo. Se você é mãe e te ligam dizendo que seu filho está apanhando ou sendo agredido, você vai sair do salão e ir ver seu filho, você vai parar o que você está fazendo e ir atrás dele. Isso é um comportamento natural de um ser humano comum. Ela não fez isso e continuou no salão de beleza, poderia estar gritando e esperneando, mas ela não abriu mão da beleza dela. Isso é bem estranho”, comenta.

 

"Deixem e ouçam a Monique falar"

 

A nova advogada da mãe de Henry, Thaise Mattar Assad, que integra a defesa de Monique juntamente com Thiago Minagé e Hugo Novais, pede que “deixem e ouçam a Monique falar. Por incrível que pareça, a situação é tão trágica que a prisão da Monique na verdade representa a sua libertação contra a opressão e o medo”.


Leonardo afirma ser “natural ela (Monique) mudar os advogados e que eles criem novas técnicas de defesa, porque senão não teria nexo ela trocar de advogados. Ela não estava satisfeita com a narrativa antiga e decidiu trocar por outros advogados. Quando os advogados falam que ela irá falar a verdade não significa isso, não significa que trocar um depoimento ou narrativa seja verdade, ela vai falar uma outra tese”.

 

Segundo o advogado, uma pessoa que está sendo coagida demonstra características da coação, como medo, intranquilidade, inquietabilidade e estranheza. “Ela não aparentava ter esse perfil. Na verdade, ela teve comportamentos bem desconexos de uma pessoa que está sendo coagida. Ela agiu com naturalidade, se vestiu bem, foi no cabeleireiro, tirou a selfie na delegacia de polícia. Esses comportamentos têm incompatibilidade com esse perfi”.

 

A mãe de Henry está em prisão temporária no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói. No primeiro depoimento, ela negou saber de agressões ao filho e afirmou que, na madrugada de 8 de março, estava vendo TV em casa e, quando foi ao quarto, encontrou o filho passando mal.


Ela foi desmentida pela Polícia Civil, que encontrou mensagens em seu celular indicando conhecimento das agressões que seu namorado praticava contra Henry. Ele também foi preso temporariamente, na semana passada. A defesa dele nega as acusações.


*Estagiárias sob supervisão de Andreia Castro


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