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Estado de Minas VACINA FAKE

Enfermeira que simulou ter vacinado idosa é identificada e será investigada

Ministério Público de Goiás entrou no caso e, segundo promotora, vai apurar se houve negligência ou má-fé. Todos os envolvidos serão ouvidos nesta sexta-feira


11/02/2021 15:46 - atualizado 11/02/2021 16:20

Mulher de 88 anos recebeu a vacina contra a COVID-19 depois da reclamação da filha(foto: Reprodução de Internet)
Mulher de 88 anos recebeu a vacina contra a COVID-19 depois da reclamação da filha (foto: Reprodução de Internet)
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que a servidora que simulou ter vacinado uma idosa contra a COVID-19 foi identificada e afastada da campanha de vacinação na cidade. "A SMS não admite qualquer tipo de irregularidade e esclarece ainda que todo o processo de vacinação em Goiânia segue rigoroso protocolo sanitário e de logística, que é cumprido à risca em todas as fases pelos profissionais envolvidos", informou, em nota oficial enviada ao Correio.

Além do processo administrativo aberto pela prefeitura, o Ministério Público de Goiás (MPGO) anunciou ter entrado com uma ação de ofício (mesmo quando não há denúncia) para investigar o caso.

A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno afirmou que é preciso agir rapidamente em casos como esse: “Entendemos que havia necessidade de imediata instauração de procedimento porque aqueles elementos eram bastante sérios".

Ela relatou que o MP pediu o afastamento da enfermeira e que os envolvidos serão ouvidos nesta sexta-feira (12/2): "Nossa primeira preocupação foi buscar junto à Secretaria de Saúde o afastamento da profissional para garantir maior tranquilidade aos idosos e aos procedimentos. Pedimos também para que a secretaria apresente sua manifestação. Vamos ouvir todos os envolvidos amanhã e teremos muitas informações até o fim da tarde”.

A promotora declarou ainda que deve ser feita perícia nas imagens com profissionais da área de saúde para entender melhor o contexto da aplicação e saber se houve negligência ou má-fé no ato da aplicação.



“Nesse primeiro momento, precisamos tomar providências para garantir que situações como essa não se repitam. Não podemos afirmar exatamente o que houve. Dependemos uma série de perguntas que estão no ar e o inquérito nos dará essas respostas”, enfatizou.

“Estamos diante de um caso de má-fé ou de uma situação de displicência ou descuido. É um grande desafio para essa investigação”, completou.

O MP também fará inspeções nos pontos de vacinação. Informou que a filmagem pelos familiares é permitida e que a escolha sobre fazer isso ou não é do paciente que está recebendo a vacina.

Também será apurada a quantidade de profissionais que trabalham em cada ponto de vacinação e a quantas horas de jornada cada um está submetido.

“Nesse momento não há indícios de que os profissionais estejam desviando as doses. Pela experiência anterior da inspeção, percebi que havia uma vigilância permanente do fluxo de vacinas para garantir que não haja extravio”. 

A palavra da filha da idosa

O vídeo causou espanto nas redes sociais. A enfermeira que atendia Floramy de Oliveira Jordão, de 88 anos, espeta a agulha no braço da senhora, mas não pressiona a seringa para injetar o líquido.

Em entrevista ao Jornal Anhanguera, Luciana Jordão, filha da idosa, afirma que tudo aconteceu muito rápido.

“Ela simplesmente enfiou a agulha na minha mãe, tirou e ficou com a seringa para cima. Aí eu falei: ‘Foi muito rápido’. Quando eu olhei para cima, o líquido estava todinho na seringa. Ela não injetou a vacina na minha mãe. Aí eu falei para ela: ‘O líquido está todinho aí, você não vacinou a minha mãe’”, contou.


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