![Em julho de 2020, com uma caixa de hidroxicloroquina em mãos, Jair Bolsonaro anunciou que havia se curado da COVID-19; medicamento não tem eficácia comprovada contra o coronavírus(foto: Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro) Em julho de 2020, com uma caixa de hidroxicloroquina em mãos, Jair Bolsonaro anunciou que havia se curado da COVID-19; medicamento não tem eficácia comprovada contra o coronavírus(foto: Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro)](https://i.em.com.br/5PtrMqzhqkoXP4RDRRPtsHoyr9M=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/02/11/1236935/20210211105751896568u.jpg)
medicamento não tem eficácia comprovada contra o coronavírus e é rechaçado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) quanto a essa finalidade. Apesar disso, Jair Bolsonaro, presidente da República (sem partido), é ferrenho defensor da substância para um possível tratamento precoce contra a COVID-19, o que também é negado por cientistas.
O Segundo a Folha, documentos de 29 de junho e 6 de outubro de 2020 comprovam a produção de cloroquina e de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu) pela Fiocruz, com destinação a pacientes com COVID-19. O Tamiflu é outro medicamento sem comprovação científica para tratar o coronavírus.
O dinheiro para a Fiocruz foi repassado após a Medida Provisória (MP) 940, de 2 de abril do ano passado, que trata do enfrentamento emergencial da pandemia. De R$ 9,44 bilhões reservados, R$ 457,3 milhões foram para a fundação, que gastou R$ 70,4 milhões com a produção desses dois medicamentos, ainda de acordo com a Folha.
Apesar da documentação ligar a produção dos medicamentos ao tratamento do coronavírus, a Fiocruz afirmou que cloroquina e Tamiflu foram produzidos para atender pacientes de Malária. “Produz cloroquina somente para o que está previsto em sua bula. A bula descreve que a cloroquina é indicada para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária e no tratamento de amebíase hepática, artrite, lúpus, sarcaidose e doenças de fotossensibilidade", informou, por nota.
O Ministério da Saúde disse que a produção de cloroquina deve ser explicada pela Fiocruz, enquanto o Tamiflu seria para tratamento da influenza. Enquanto isso, dados divulgados nessa quarta-feira (10) pela pasta informam que 234.850 pessoas morreram no Brasil devido à COVID-19. O total de infectados é 9.659.167.