A segunda onda de COVID-19 no Brasil será tão ou mais grave do que a primeira. É o que declaram 80,8% dos médicos entrevistados pela Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina.
A minoria – 19,2% – avalia que o que está por vir será menos grave do que o país já enfrentou.
Alta de óbitos
O novo coronavírus já contaminou 9,2 milhões de brasileiros e causou 225.099 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.
Depois de um pico de óbitos em meados de 2020 – chegando a 1.595 registrados em 24h no boletim epidemiológico de 29 de julho –, a quantidade de mortes caiu. Em 8 de novembro, foram contabilizadas 128.
Entretanto, os números voltaram a subir. Em 7 de janeiro, foram registradas 1.524 mortes e 1.283 no dia 27 do mesmo mês.
De acordo com o consórcio de veículos de imprensa (formado pelo Grupo Globo, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo), a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.062.
É o 12º dia consecutivo com mais de 1 mil óbitos de média.
Indagados sobre a situação atual de casos nas unidades que atendem a pacientes com suspeita ou já com COVID-19, 91,5% dos médicos observam tendência à alta em algum grau.
Quanto aos óbitos, a tendência é igualmente de alta para 69,1%, ou seja, praticamente sete em cada 10 médicos ouvidos.