Pesquisadores da USP e de outras cinco instituições internacionais podem ter resolvido um dos maiores mistérios da paleontologia: a origem dos pterossauros. Esses animais dominaram os céus durante 150 milhões de anos.
De acordo com a pesquisa publicada na quarta-feira (09/12) na revista Nature, por meio de análises de fósseis encontrados no Brasil, Argentina, Estados Unidos e Madagascar, é possível concluir que os “parentes” mais próximos dos pterossauros fazem parte de um grupo de répteis chamados de lagerpetídeos.
De acordo com a pesquisa publicada na quarta-feira (09/12) na revista Nature, por meio de análises de fósseis encontrados no Brasil, Argentina, Estados Unidos e Madagascar, é possível concluir que os “parentes” mais próximos dos pterossauros fazem parte de um grupo de répteis chamados de lagerpetídeos.
"A origem dos pterossauros tem sido uma das questões mais enigmáticas da paleontologia desde a primeira descoberta dos pterossauros no final do século 18", disse o paleontólogo Martin Ezcurra, do Museu Argentino de Ciências Naturais.
Para confirmar os dados da pesquisa, os cientistas reconstruíram componentes dos sistemas sensoriais (cérebro e ouvido) e fizeram análises filogenéticas, que determinam as relações ancestrais entre espécies conhecidas.
Os lagerpetídeos, que surgiram pela primeira vez há cerca de 237 milhões de anos, eram geralmente pequenos e podem ter sido comedores de insetos bípedes. Eles não podiam voar.
Ainda de acordo com o artigo, os pterossauros se tornaram os primeiros vertebrados voadores da Terra, com pássaros e morcegos aparecendo muito mais tarde.
Mas e o mistério?
O surgimento dos pterossauros é considerado um dos maiores mistérios da paleontologia. Isso porque, seus parentes mais próximos não tinham sido identificados até agora.
Cientistas explicam que as relações evolutivas identificadas são consideradas um marco teórico para o estudo da origem dos pterossauros e de sua capacidade de voar.
*Estagiária sob supervisão da editora-asssistente Vera Schmitz