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Estado de Minas GERAL

Apesar de roubo em Cametá, Pará diz que há redução de ataques a banco no Estado


03/12/2020 11:45

Bandidos atacaram uma agência bancária e fizeram reféns em Cametá, a 235 quilômetros de Belém, na madrugada da quarta-feira, 2. Uma das pessoas rendidas pela quadrilha, um jovem de 25 anos, morreu durante a ação. Apesar desse caso, cujas imagens circularam nas redes sociais, o governo do Pará afirma que crimes desse tipo, chamados de novo cangaço ou "vapor", estão em queda no Estado.

Esse foi o terceiro ataque similar no Estado este ano. Em janeiro, um caso aconteceu em Ipixuna, e em abril, em São Domingos do Capim. Dados do governo apontam que em 2019 ataques dessa natureza somaram 15 ocorrências e que, portanto, os registros estariam em queda na comparação com este ano. Em 2020, as autoridades relataram a prisão de 36 pessoas com suspeita de envolvimento em ocorrências da modalidade "novo cangaço".

"Observando que tivemos 19 assaltos a banco em 2018, 15 assaltos a banco em 2019, e este é o terceiro assalto a banco, portanto, as ações de inteligência têm inibido e evitado que ações como esta, de quadrilhas especializadas em assalto a banco possam continuar agindo", ressaltou o governador, Helder Barbalho (MDB).

Ele, no entanto, ponderou que a região não está "imune" a esse tipo de ataque. "Claro que não estamos imunes a um episódio dramático como viveu a população de Cametá, por isto que estamos com toda a estrutura para repreender e efetivamente fazer com que esta quadrilha possa ser presa e não mais estar em circulação, seja no Baixo Tocantins, seja em outras regiões do Estado." Ações similares também foram registradas em outros pontos do País nas últimas semanas, como Criciúma (SC) e Araraquara (SP).

O ataque em Cametá repetiu as características da ocorrência em Criciúma. Um bando com dezenas de integrantes invadiu a cidade e atacou um banco após promover terror na região. Diferentemente do crime em Santa Catarina, no entanto, o bando no Pará não conseguiu levar nada.

Em artigo para o Estadão, o especialista em segurança pública Guaracy Mingardi, destaca que nem sempre esses ladrões são do mesmo grupo. Após a participação em crimes do tipo ou por meio de conversas, na cadeia ou fora dela, bandidos ganham mais expertise nesses assaltos.


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