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Estado de Minas BLECAUTE

Comissão mista da COVID-19 discutirá apagão no Amapá na sexta-feira

Em primeiro relatório desde o apagão, Amapá relatou 15 novas mortes decorrentes do novo coronavírus. Situação no estado pode levantar discussão sobre privatização


11/11/2020 21:21 - atualizado 11/11/2020 21:49

Presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, dará explicações à comissão sobre apagão no Amapá(foto: MAKSUEL MARTINS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, dará explicações à comissão sobre apagão no Amapá (foto: MAKSUEL MARTINS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Nesta sexta-feira (13), a comissão mista que analisa questões sobre o enfrentamento da pandemia de COVID-19 discutirá, por meio de audiência pública virtual, o apagão do Amapá, que está em seu nono dia. O autor do requerimento é o senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP). Além dos senadores e deputados que compõem a comissão, estará presente o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, para dar explicações sobre a situação.

O apagão no Amapá acontece desde o dia 3 de novembro, quando uma subestação de energia elétrica pegou fogo, deixando 13 dos 16 municípios do estado na escuridão. Embora a região conte com um sistema de rodízio de eletricidade desde domingo (8) , o estado só conseguiu enviar o relatório sobre os números da pandemia de COVID-19 na terça-feira. Foram contabilizadas 15 novas mortes (12, em novembro; três, em outubro) e 742 novos casos da doença desde o último boletim, do dia 3.
 
 
O presidente da comissão, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), conta que a aprovação do requerimento foi unânime entre os membros. “Não é só porque é energia, envolve, também, saúde”, afirma. O senador garante que a questão será discutida para investigar sua causa e ressalta a  ligação do tema com o papel da comissão. “Há um aumento silencioso dos casos. Tem acontecido manifestações, alvoroço, que quebram os princípios do isolamento, e isso tem tudo a ver com o que a comissão debate”, afirma Confúcio.

Privatizações

A discussão deve englobar também a questão das privatizações, uma vez que a subestação que pegou fogo é de responsabilidade da empresa privada espanhola Isolux, que passava por problemas financeiros e apresentava falhas técnicas alarmantes no equipamento há cerca de 11 meses, situação que deveria ser fiscalizada pela Aneel. Outra questão a ser discutida é que muitos funcionários que estão trabalhando para solucionar o problema do apagão são funcionários da Eletronorte, parte da estatal Eletrobras, cuja privatização está pautada em projeto do Congresso.

“Vai ser uma discussão muito acirrada”, afirma o senador Lucas Barreto (PSD-AP), membro da comissão. Ele ressalta que os senadores têm, entre si, opiniões bastante contrastantes e assume que se posiciona contra a privatização da Eletrobras. “Podemos exigir mais das empresas públicas do que das privadas”, afirma. “O norte deve ser lembrado”, completa. 
 
* Estagiária sob supervisão de Andreia Castro.  
 
 


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