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Estado de Minas COVID-19

Pandemia faz Amil antecipar telemedicina a 3,6 milhões de clientes

Maior empresa de planos de saúde do país escala 360 médicos e enfermeiros para atender pacientes 24 horas por dia


postado em 17/04/2020 04:00

O programa de telemedicina estabelece contato do paciente com a equipe médica por telefone ou vídeo(foto: Fotos: Amil/Divulgação)
O programa de telemedicina estabelece contato do paciente com a equipe médica por telefone ou vídeo (foto: Fotos: Amil/Divulgação)
 
 
São Paulo – O avanço da pandemia do novo coronavírus no país motivou a Amil, maior empresa de convênios médicos do mercado nacional, a antecipar seu plano de levar o serviço de telemedicina a todos os 3,6 milhões de clientes da companhia. Inicialmente, a estratégia era estender essa opção de atendimento a todos os usuários até o fim do primeiro semestre.

“Não tínhamos uma data rígida, como se tivesse escrita na pedra, mas era algo para daqui a alguns meses. O cenário de avanço da COVID-19 e o isolamento nos motivaram a antecipar”, afirma Daniel Coudry, CEO da Amil. Segundo ele, o atendimento será 100% feito internamente, com o suporte de mais de 360 médicos e enfermeiros, 24 horas por dia. “Trata-se do maior programa de telemedicina do país, em um momento crucial para reduzir o número de atendimentos nas estruturas físicas dos hospitais”, acrescenta o executivo. Ele afirma que, pelas estatísticas mundiais, cerca de 80% dos atendimentos em prontos-socorros podem ser resolvidos em consultas convencionais.

Com a tecnologia, a operadora de planos de saúde expande sua capacidade para atender 6 mil pessoas por dia. A empresa usa a própria infraestrutura já existente para disponibilizar consultas com hora marcada, por vídeo, com médicos e outros profissionais de saúde de sua rede própria e credenciada, para 100% de seus usuários e todas as categorias de planos. “Essa capacidade diária de atendimento pode, tranquilamente, ser ampliada se a demanda exigir”, garante Coudry. “Em tempos de pandemia, com o risco maior de contaminação em hospitais, estamos preparados para ajustar o número de atendimentos remotos”.
Daniel Coudry, CEO da Amil, afirma que o programa de telemedicina ajudará a reduzir os atendimentos presenciais nos hospitais
Daniel Coudry, CEO da Amil, afirma que o programa de telemedicina ajudará a reduzir os atendimentos presenciais nos hospitais
 

LEI

Ontem, no mesmo dia que anunciou a exoneração do ministro Luiz Henrique Manieta, o presidente Jair Bolsonaro publicou no Diário Oficial da União a lei que autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a crise do novo coronavírus (Sars-Cov-2). O texto já está em vigor. A lei estabelece que por telemedicina deve ser considerado “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”.

Segundo a lei, que já está em vigor, os médicos que optarem pelas consultas à distância devem informar os pacientes sobre todas as limitações da prática. “Assim como o médico da família, a telemedicina é um recurso importante para desafogar o sistema público de atendimento e para dar eficiência aos processos de triagem e tratamento”, afirma Maria Luísa Fontenelle, consultora e especialista em gestão hospitalar pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

No caso da Amil, o serviço de telemedicina tem como canal de entrada o atendimento telefônico, em que enfermeiros fazem uma triagem inicial para identificar questões relacionadas ao estado de saúde do paciente e esclarecer dúvidas. Esse modelo de atendimento tem resolvido mais de 70% dos casos nesse primeiro contato. Os demais 30% recebem um link por SMS ou e-mail para um atendimento por vídeo com um médico. Com duração média de 10 minutos, o paciente recebe orientações específicas de tratamento, podendo inclusive ser encaminhado para um pronto-socorro.

EFICIÊNCIA

Na avaliação de Coudry, essa tecnologia é uma realidade sem volta. “As evidências de nossa própria experiência e de diversos países demonstram claramente que a telemedicina estimula o acesso correto aos serviços de saúde, melhorando sua organização e eficiência e, ainda, evitando desperdícios. Tudo isso gera benefícios aos clientes, com melhor desfecho e satisfação. Neste momento que estamos atravessando, tornou-se uma ferramenta fundamental”.

O diretor Clínico da Amil, Fernando Pedro, reitera que o atendimento virtual amplia o acesso ao sistema de saúde e traz grande conveniência ao cliente, evitando deslocamentos e esclarecendo dúvidas de forma pessoal e imediata. “Nós capacitamos nossas equipes para garantir um alinhamento entre conhecimento técnico e atendimento humanizado. Investimos em capital humano e tecnologia para garantir diagnósticos precoces, orientações e encaminhamento correto de várias condições clínicas, de maneira a contribuir para evitar aglomerações e idas desnecessárias a unidades hospitalares”, conta Fernando Pedro.

Desde o ano passado, a Amil já oferecia um serviço de atendimento médico por videoconferência para um grupo de 160 mil clientes, por meio do Hospital Albert Einstein. No novo modelo, o serviço é oferecido pela própria Amil, com médicos contratados diretamente pela operadora. Em edição extraordinária do Diário Oficial da União, o Ministério da Saúde havia autorizado o uso da telemedicina durante a pandemia da COVID-19 para atendimentos desde 23 de março, prática que também já havia sido validada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).



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