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Estado de Minas

Torcedor conta que foi algemado após protestar contra Bolsonaro em estádio

Episódio ocorreu no domingo, na Arena Corinthians, em São Paulo. SSP afirma que não houve prisão, mas condução do torcedor para preservar sua integridade


postado em 05/08/2019 21:15 / atualizado em 05/08/2019 21:22

Enquanto muitos internautas demonstravam solidariedade a Coelho, outros diziam que as arquibancadas não deveriam ser lugar de manifestações políticas(foto: Facebook/Reprodução)
Enquanto muitos internautas demonstravam solidariedade a Coelho, outros diziam que as arquibancadas não deveriam ser lugar de manifestações políticas (foto: Facebook/Reprodução)
O vendedor Rogério Lemes Coelho afirmou pelas redes sociais, nesta segunda-feira (5/8), que foi preso no último domingo, durante o jogo entre Corinthians e Palmeiras, em São Paulo, porque protestava contra o presidente Jair Bolsonaro. Em uma postagem no Facebook, Coelho, que é corintiano, disse que foi "humilhado" e "algemado" porque expressou "opinião contra o atual governo".
 
"Gente boa do meu Brasil , hoje entrei na Arena Corinthians expondo minha opinião contra o atual governo e olha o q aconteceu!!!Fui preso!Humilhado!Algemado!!"
, escreveu na internet, além de postar fotos do boletim de ocorrência (não criminal) e das mãos, que teriam sido feridas pela ação de dois policiais militares que o abordaram.
 
A postagem, que, até o fim da tarde desta segunda-feira, contava com quase 900 compartilhamentos, foi seguida de uma série de comentários. Enquanto muitos internautas, inclusive palmeirenses, demonstravam solidariedade a Coelho, outros diziam que as arquibancadas não deveriam ser lugar de manifestações políticas.
 
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a medida "foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada" (veja a íntegra da nota abaixo). 
 
Ainda segundo a pasta, "não houve prisão", mas a "condução" do torcedor por policiais militares ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado dentro da Arena Corinthians. No boletim de ocorrência postado na internet, lê-se que os policiais militares que abordaram Coelho o levaram a uma "delegacia", porque viram o torcedor gritando palavras contra Bolsonaro e que, "para evitar um princípio de tumulto, o abordaram e o conduziram a esta Delegacia utilizando os meios necessários". 
 
Leia a nota da SSP sobre o episódio 
 
"A SSP esclarece que todas as polícias de São Paulo são instrumentos do Estado Democrático de Direito e não pautam suas ações por orientações políticas. Entre as atribuições da Polícia Militar estão: proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública. No caso em questão, a conduta foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada. A pasta informa que não houve prisão, mas a condução dele por policiais militares ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado dentro da Arena Corinthians, onde foi registrado boletim de ocorrência não criminal e depois liberado para voltar a assistir à partida de futebol."


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