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Estado de Minas GERAL

Defesa afirma que João de Deus vai se entregar


postado em 15/12/2018 15:08

O criminalista Alberto Zacharias Toron, que representa o médium João de Deus, afirmou que seu cliente 'irá se apresentar às autoridades', mas que ainda não pode revelar o dia e hora que isso acontecerá. A declaração foi gravada em vídeo e reproduzida pela GloboNews.

"A primeira coisa a ser dita é que o senhor João de Deus se apresentará às autoridades em respeito à decisão do juiz, mas não posso revelar, em respeito a essas mesmas autoridades, o dia e a hora que isso ocorrerá", afirmou Toron. "Não concordamos com a decisão, consideramos ilegal e vamos impetrar, na próxima segunda-feira, habeas corpus questionando sua legalidade."

De acordo com o criminalista, não há contemporaneidade entre as denúncias contra o médium e sua necessidade de prisão. "Os fatos são antigos e não aconteceu nada de novo que justificasse a prisão", declarou.

Acusado de abuso sexual por diversas mulheres de todo o País e no exterior, João de Deus teve a prisão preventiva decretada na sexta, 14, e desde então acerta detalhes para sua apresentação à Polícia Civil de Goiás. De acordo com as autoridades, as conversas foram retomadas nesta manhã para discutir possíveis horários e locais para o encontro.

Inicialmente, as autoridades haviam estipulado um prazo para entrega até o meio-dia deste sábado, 15. Se isso não ocorresse, João de Deus passaria a ser considerado foragido da Justiça. Nesta manhã, a Secretaria de Segurança Pública de Goias divulgou nota afirmando que as buscas para localizar o médio continuam a ser realizadas e que 'não há prazo específico para que ele seja considerado foragido'.

Desde a revelação das primeiras denúncias, a Força Tarefa do Ministério Público recebeu mais de 335 relatos de diversos Estados e pelo menos seis países - Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e Suíça. João de Deus atendia cerca de 10 mil pessoas por mês, das quais 40% eram estrangeiras.

Segundo a promotoria de Abadiânia, os abusos eram cometidos em "sessões particulares individuais" após o atendimento no Centro Dom Inácio Loyola. Pelo menos quatro funcionários são suspeitos de envolvimento no esquema.


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