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Estado de Minas

Câmara aprova emenda que pode inviabilizar aplicativo Uber no Brasil

Emenda retira do texto o trecho que define a atividade como de natureza privada, transformando-a em pública. Com isso, serviço precisa de autorização de municípios para funcionar


postado em 04/04/2017 21:17 / atualizado em 04/04/2017 21:47

(foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
(foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, o texto-base do projeto que regulamenta o funcionamento de aplicativos como o Uber no Brasil. No entanto, um destaque apresentado pelo líder do PT, Carlos Zarattini (SP), pode inviabilizar o uso do aplicativo no país, na avaliação de deputados como o relator do texto substitutivo aprovado, Daniel Coelho (PSDB-PE).

A emenda do petista retira do texto o trecho do projeto 5.587/16, que determina que a atividade é de natureza privada, transformando-a, assim, em pública. Com esse caráter, é necessária uma autorização de cada município para que ela funcione. Na forma como estava antes, a regra permitia que o aplicativo continuasse operando até que as prefeituras regulamentassem a atividade.

De acordo com relator Daniel Coelho, o destaque aprovado inviabiliza a lei e, se o texto permanecer assim, há o risco de os serviços de transportes individuais por meio de aplicativos serem interrompidos. "Ele cria uma instabilidade jurídica. O texto vira um Frankenstein, que diz uma coisa e depois outra. O intuito da emenda acaba com o serviço. Você o transforma em táxi", comentou. Há ainda dois destaques a serem apreciados pelo plenário da Câmara, limitando o número de motoristas e definindo um teto para as tarifas.

Os defensores da emenda alegam que, para a segurança do usuário, é necessário que o serviço seja público, para poder ser regulamentado. Depois de passar pela Câmara, o texto segue para o Senado e, se aprovado, ainda precisa ser sancionado pelo presidente Michel Temer.

O substitutivo do relator, cujo texto-base foi aprovado, remete detalhes da regulamentação às prefeituras e ao governo do Distrito Federal, que devem seguir diretrizes como:

- Cobrança de tributos municipais pelo serviços;
- Contratação de seguro de acidentes pessoais de passageiros e do DPVAT para o veículo;
- Inscrição do motorista no INSS como contribuinte individual;
- O motorista deve ter carteira categoria B ou superior, com informação de que exerce atividade remunerada;
- O motorista precisa ser cadastrado na empresa que gerencia o aplicativo;
- O certificado de registro do veículo deve ser emitido no município ou em cidades de área conurbada interestadual.

Sem isso, o transporte será considerado ilegal.

Outros destaques seguem em votação.

Aguarde mais informações

 

 

 

 

 


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