(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Jornais estrangeiros apontam violência e crise penitenciária no Brasil

A violência e a superlotação dos presídios foram destaque no The New York Times, The Guardian e no site da BBC britânica


postado em 15/01/2017 21:13 / atualizado em 15/01/2017 22:47

A rebelião que deixou ao menos 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, repercutiu nos principais jornais estrangeiros, que deram destaque aos requintes de violência e à superlotação dos presídios.

As decapitações e mutilações foram destacadas pelo The New York Times, que afirmou que este tipo de violência é comum nas penitenciárias brasileiras. O diário norte-americano também ressaltou que 40% dos presos no Brasil ainda aguardam sentença da Justiça e que na Penitenciária de Alcaçuz há cerca de 1,1 mil detentos, quando a capacidade é para 620.

O britânico The Guardian afirmou também que a rebelião no Rio Grande Norte alimenta a crise do sistema penitenciário brasileiro, que teve início em Manaus, na primeira semana de 2017, e já soma cerca de 140 mortes.

Segundo informações apuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o motim teve início na noite de sábado, 14, e só foi controlado na manhã de domingo, 15, após 14 horas.

O secretário de Justiça e Cidadania do Estado, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, disse que esta foi a maior rebelião já registrada no complexo prisional de Alcaçuz, criado no fim da década de 1990. As autoridades atribuem o massacre a seis homens ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo.

O PCC, inclusive, foi citado pelo site da rede de televisão CNN. A reportagem diz que a rebelião teve início após uma briga entre a facção paulista e uma facção local chamada Sindicato do Crime do RN. A CNN lembrou também que o PCC estaria envolvido nos outros massacres ocorridos em penitenciárias brasileiras em 2017, no Amazonas e em Roraima.

Outro site que também noticiou o caso foi o da rede de televisão britânica BBC. Além de divulgar o número de mortes e as falas de autoridades sobre o caso, a reportagem do site afirma que motins não são incomuns em prisões superlotadas do Brasil, em grande parte controladas por poderosos grupos criminosos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)