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Estado de Minas

Começam os enterros dos universitários mortos em acidente de ônibus em SP

Os sepultamentos são realizados nos cemitérios de Boiçucanga, Barra do Una e Juquehy, em São Sebastião, no litoral de São Paulo


postado em 10/06/2016 11:23 / atualizado em 10/06/2016 11:43

Parentes e amigos realizaram os velórios durante toda a madrugada e manhã desta sexta-feira(foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Parentes e amigos realizaram os velórios durante toda a madrugada e manhã desta sexta-feira (foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Teve início, por volta das 10h, o enterro das vítimas do acidente com o ônibus que transportava estudantes, ocorrido na noite de quarta-feira na rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo. Os sepultamentos, que são feitos um a um em um intervalo de 30 minutos para não causar tumultos, são realizados nos cemitérios de Boiçucanga, Barra do Una e Juquehy, em São Sebastião. Também há velórios ocorrendo em São Paulo, Caraguatatuba, e Itaquaquecetuba. Ainda há vítimas internadas em hospitais de Mogi das Cruzes, Guarujá, Bertioga, São Sebastião e São José dos Campos.

O ônibus, da empresa União do Litoral, que levava os estudantes universitários de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, para São Sebastião, no litoral, perdeu o controle e tombou na pista por volta das 22h50 de quarta-feira. O trecho da estrada onde ocorreu o acidente é de declive e tem pouca iluminação.

O prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi, esteve no velório, no bairro de Juqueí, e reafirmou que a empresa presta serviço à prefeitura há mais de 15 anos e nunca teve um de seus veículos envolvidos em acidente com vítimas.

“A empresa trabalha há 15 anos fazendo essa linha e nunca teve nenhum acidente com vítima. Durante esse período, houve ocorrências de quebrar ônibus, mas consideradas normais. Nada que induzisse à gravidade. Os ônibus estão todos regularizados, as revisões foram feitas. Agora, aguardamos o laudo da perícia da Polícia Civil. Em duas semanas, vamos começar a ouvir os sobreviventes, porque agora não é hora”, disse, após comparecer ao velório.

Madrugada de velórios


Nove das 18 vítimas do acidente ocorrido quarta-feira à noite na Rodovia Mogi-Bertioga, foram velados desde o fim da noite de ontem  no município de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Os corpos foram recebidos com comoção pelos parentes, amigos e muitos populares que, por volta das 23h, se aglomeravam, apesar do frio, nos locais onde ocorrem os velórios.

Ana Carolina Cruz Veloso foi velada no bairro de Juqueí; Camila dos Santos Alves, no de Boiçucanga; e Natália Rodrigues Teixeira, Maria Macedo de Sousa, Daniela Aparecida Mota Dias, Lucas Inácio Alves Pereira, Rita de Cássia Alves de Lima, Damião Nenes Braz e Daniel de Oliveira Damazio, no de Barra do Una.

Uma das vítimas do acidente de ônibus na Rodovia Mogi-Bertioga, Ana Carolina da Cruz Veloso foi velada no bairro Juqueí (foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Uma das vítimas do acidente de ônibus na Rodovia Mogi-Bertioga, Ana Carolina da Cruz Veloso foi velada no bairro Juqueí (foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


O corpo do motorista do ônibus, Antonio Carlos da Silva, foi velado em Caraguatatuba, o de Sônia Pinheiro de Jesus, em São Paulo, e o de Guilherme Mendonça de Oliveira, em Itaquaquecetuba. O corpo de Carolina Marreca Benetti foi levado para o estado do Paraná. Ainda não havia informação sobre o local onde seriam velados os corpos das demais vítimas: Gabriela Silva Oliveira dos Santos, Aldo Sousa Carvalho, Janaina Oliveira Pinto, Daniel Bertoldo e Rafael Santos do Carmo.

Um morador de São Sebastião, Benedito Araújo, 58 anos, lamentou a morte dos jovens e disse que comparecia ao velório para prestar uma homenagem aos estudantes “porque eles tinham escolhido o caminho de crescer na vida”. “É uma judiação o que ocorreu, eles estavam querendo crescer na vida. E não foi um, foram muitos. Mas Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que falar”, afirmou, emocionado.

Maria das Graças Alves disse que chegou a acreditar que sua filha teria morrido no acidente. Segundo ela, devido a informações desencontradas passou por momentos de profunda angústia. "Vim hoje aqui no velório devido à dor que senti ontem pela suposta perda da minha filha, por ter pensado que a tinha perdido. Mas não perdi, graças a Deus. Estou aqui pela dor dos pais, por isso vim prestar essa homenagem".

Com informações das Agências Estado e Brasil


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