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Estado de Minas

Familiares e amigos cantam 'Conceição' durante enterro de Cauby Peixoto

Corpo do cantor foi enterrado por volta das 16h20 em São Paulo


postado em 16/05/2016 16:52 / atualizado em 16/05/2016 16:59

Corpo de Cauby Peixoto foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo(foto: WERTHER SANTANA/ESTADAO CONTEUDO)
Corpo de Cauby Peixoto foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (foto: WERTHER SANTANA/ESTADAO CONTEUDO)

O corpo do cantor Cauby Peixoto, que faleceu aos 85 anos, foi enterrado nesta tarde no Cemitério Congonhas, em São Paulo. A cerimônia ocorreu por volta das 16h20 desta segunta-feira. Parentes e amigos de Cauby cantaram 'Conceição' durante o sepultamento.

O velório aconteceu no salão nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e foi aberto ao público. Cauby Peixoto, de 85 anos, faleceu neste domingo, 15, no hospital Santa Maggiore, em São Paulo, onde estava internado desde o último dia 9. A causa da morte foi pneumonia, segundo a assessoria de imprensa do hospital.

Cauby seria uma das atrações da Virada Cultural, que ocorre no próximo fim de semana na capital paulista. Cauby Peixoto estava em turnê com a cantora Ângela Maria, de quem era amigo há décadas. Os dois rodavam o Brasil com o show 120 anos de música, no qual interpretavam composições do disco Reencontro (2013) e sucessos marcantes na trajetória de cada um. No mês de setembro, ele cancelou uma apresentação por conta de uma gripe e, ainda em 2015, ficou internado em uma unidade hospitalar em São Paulo, mas a família não tornou públicos os motivos. O cantor sofria de diabetes.

Carreira

A morte do cantor encerra uma das carreiras mais longevas da história da música brasileira. Cauby Peixoto, inequivocamente reconhecido pela música Conceição, começou a trajetória artística há quase sete décadas, em fins de 1949, quando trocou um emprego no comércio pela sorte nas apresentações como calouro das rádios, canto já experimentado em coral da igreja e em boates ainda durante a infância e a adolescência.

Voz aveludada, venceu mais de uma dezena de concursos musicais nas rádios e começou a consolidar uma carreira marcada pelo fortalecimento da música brasileira durante a Era de Ouro do Rádio, da qual foi um dos expoentes. Lançou o primeiro disco em 1951, Saia branca, mas só viria engatar de vez sucessos depois de o irmão Moacyr apresentá-lo a Di Veras, empresário reconhecido no mercado à época, através de quem ele conseguiu chegar à Rádio Nacional e, depois, a plateias internacionais.

Coube ao administrador da carreira do músico reformular o visual de Cauby e revestir-lhe de uma aura de elegância para fazer frente aos artistas da metade do século passado. Desde então, a indumentária e a aparência bem cuidadas, aliadas a uma expressão sedutora no palco, se tornaram uma marca inconfundível do intérprete - modificadas a partir da década de 1970, quando ganhou contornos mais extravagantes. Ainda na década de 1950 e sob a tutela de Di Veras, Cauby alcançou o quinto lugar entre os músicos mais tocados nos Estados Unidos, por onde fez turnê. Foi chamado de Ron Cauby e chegou a gravar LPs em solo norte-americano, entre idas e vindas ao Brasil. Em 1956, gravaria o maior sucesso do percurso profissional, Conceição, cantada por ele no filme Com água na boca.

Em quase sete décadas de carreira, a discografia do cantor registra mais de 140 discos lançados. O último saiu em 2015 pela Biscoito Fino, A bossa de Cauby Peixoto. Com a colega Ângela Maria, gravou pelo menos seis. O cantor também era voz recorrente em produções para o cinema. Entre os anos de 1950 e a virada do século, foram 14 participações em filmes.


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