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Estado de Minas

Ato pela libertação de ativistas reúne 400 no Rio de Janeiro

Manifestantes criticam a prisão de 19 pessoas antes da final da Copa do Mundo. Justiça já mandou soltar 13


postado em 15/07/2014 20:07 / atualizado em 15/07/2014 20:18

Aos gritos de "presos políticos, liberdade já, lutar não é crime, vocês vão nos pagar", pelo menos 400 pessoas comemoraram a decisão judicial que concedeu habeas-corpus a manifestantes presos no Rio. A passeata começou no Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e seguiu até a Cinelândia, no centro do Rio. A decisão pela soltura de 13 dos 19 manifestantes foi dada no final da tarde desta terça-feira, 15.

O grupo se reuniu na escadaria da Câmara Municipal, em um clima de euforia que lembrou atos de maior proporção realizados no ano passado. Durante a caminhada, policiais formaram um cordão entre os manifestantes, dividindo o grupo ao meio. À frente do grupo, ativistas carregavam uma grande faixa pedindo "Liberdade para os presos políticos".

Os ativistas gritavam palavras de ordem como "Estado fascista", "polícia terrorista", "não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar". De um carro de som, um manifestante anunciava os nomes de ativistas presos no último sábado. Ao fim de cada nome, ele próprio gritava "resiste".

Apesar do cordão formado durante a passeata, a Polícia Militar ficou afastada dos manifestantes quando o grupo chegou à Cinelândia. Foi formado um cerco na praça. PMs do Choque se posicionavam em uma segunda linha perto do Teatro Municipal. Até as 19h30 a reportagem não havia presenciado nenhum tumulto.

A estimativa de público foi divulgada pelo coronel Segala, do 5º Batalhão, que comandava o policiamento durante o ato.

Um dos participantes era o advogado do Sindicato dos Jornalistas Lucas Sada, que representa a jornalista Josiane, da Empresa Brasil de Comunicação, que foi presa no sábado. "Foi uma prisão absolutamente arbitrária, sem a devida fundamentação, que pareceu ter o intuito de retirar pessoas das ruas no dia da final da Copa do Mundo, impedindo o direito de manifestação, em um ato para criminalizar os movimentos sociais", declarou o advogado.


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