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Estado de Minas

Conduta do advogado de Whelan pode ser investigada, diz Polícia Civil


postado em 11/07/2014 13:51

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Fernando Veloso, classificou de problemática e cogitou abrir um procedimento de investigação contra a conduta do advogado de Raymond Whelan, diretor da empresa Match que está foragido da justiça por suspeita de participação em um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo. O advogado teria saído do hotel Copacabana Palace com o cliente, que é considerado foragido da Justiça. Veloso também rebateu críticas da empresa parceira da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que havia chamado a prisão do diretor de arbitrária e ilegal.

"Pessoas que são alvo de investigação da polícia não a elogiam. Isso é normal e faz parte do nosso dia a dia, desde que seja uma crítica respeitosa. O problema é na conduta do advogado, quando ele dá fuga ao seu cliente. O advogado pode assessorá-lo e deve assisti-lo, e pode até orientá-lo, se achar melhor, para que ele não se apresente em determinado momento. Mas, segundo o delegado da 18ª DP, há indicativos de que o advogado teria saído do Copacabana Palace com o cliente. Ele teria, inclusive, levado a informação do mandado de prisão. Aí, a conduta do advogado merece ser avaliada e, salvo o engano, deve haver procedimento instaurado nesse sentido".

Veloso afirmou que, durante uma reunião no hotel Sofitel, ontem (10), recebeu um pedido de membros da Fifa para avisar à delegacia responsável pelo caso que Whelan se apresentaria no período da noite, o que não aconteceu. O chefe da Polícia Civil disse que a Fifa está colaborando com as investigações e reafirmou que o diretor da Match é considerado foragido pela justiça. "As pessoas que, por ventura, estejam ajudando o senhor Whelan a se subtrair da ação da Justiça também podem estar comentendo uma conduta criminosa. É importante que se diga isso".

De acordo com Fernando Veloso, o Disque-Denúncia recebeu ligações com informações que poderiam levar ao paradeiro do britânico, mas elas não se confirmaram. Policiais civis já conferiram endereços ontem à noite e hoje de manhã, e o delegado preferiu não "fazer conjecturas" sobre a possibilidade do britânico fugir do país, mesmo com o passaporte apreendido. "Prefiro não me antecipar a isso", disse ele, que afirmou ter entregue as informações do processo à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e a todas as bases de dados convenientes para impedir a saída dele do Brasil.

Veloso afirmou que as investigações continuam, com policiais civis transcrevendo e traduzindo as ligações interceptadas. "É claro que esta situação é tormentosa. Esta investigação está acontecendo em um momento conturbado. Ela deve ser concluida com essas pessoas aqui, sob pena de elas já terem saído do país e o cumprimento da lei brasileira se tornar mais difícil. Então, algumas informações a polícia precisa com uma certa celeridade".


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