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Estado de Minas

Ministro da Justiça avisa que governo não vai tolerar abusos

Ministro da Justiça alerta que o governo não vai tolerar exageros de quem quer que seja em manifestações no país


postado em 31/05/2014 06:00 / atualizado em 31/05/2014 07:57

Brasília – Após a manifestação que tumultuou o Distrito Federal na terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reiterou ontem que quem vier para o Brasil acompanhar a Copa do Mundo poderá ficar tranquilo quanto à segurança. “Todos os turistas, incluindo os estrangeiros, podem se sentir seguros porque as forças policiais estarão presentes para garantir o cumprimento da lei. As pessoas são livres para se manifestar, mas não permitiremos abusos”, enfatizou. Também na terça, a presidente Dilma Rousseff afirmou a empresários que não seria permitido baderna na ruas durante o Mundial.

Dia 27, um grupo de aproximadamente 2,5 mil pessoas protestou contra o Mundial no Brasil. Quando se aproximavam do Estádio Mané Garrincha, os manifestantes foram impedidos de seguir pela Cavalaria da Tropa de Choque da Polícia Militar, que entrou em conflito com os indígenas que estavam à frente do ato. Durante a confusão, um cabo da PM foi atingido na perna por uma flechada. Além do policial, que não sofreu ferimento grave, oito pessoas ficaram feridas – entre elas seis indígenas – e três manifestantes foram detidos.

Questionado sobre a utilização de arcos e flechas em futuros protestos, Cardozo afirmou que qualquer um tem o direito de ir às ruas, desde que aja de acordo com a lei. “A Constituição assegura que todos têm a garantia democrática para se manifestar livremente, mas sem armas. Tudo isso deve ser posto dentro do que nosso plano de segurança coloca. Manifestação é manifestação, não importa qual seja a natureza. O uso do arco e flecha é um caso pontual que deve ser analisado. Só então é que serão adotadas as medidas cabíveis”, ressaltou. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também expressou sua opinião em relação às manifestações durante a Copa. De acordo com ele, o que aconteceu no Distrito Federal não deve assustar quem pretende assistir aos jogos do Mundial. “O Brasil é um país amigo e seguro. Manifestações de rua ocorrem em todo o mundo. Acredito que episódios como esses não afetarão a grandeza do evento nem devem retirar a certeza dos estrangeiros de que estão em um país tranquilo”, reforçou.

Rodrigo Janot aproveitou para anunciar que na próxima semana o Ministério da Justiça e o Ministério Público Federal deverão criar gabinetes de crise nas cidades-sede da Copa. O objetivo é garantir o pronto atendimento e a aplicação da Justiça em casos de excessos cometidos durante o torneio. “A criação do gabinete assegura que quem cometer abusos será punido com rapidez, de um lado e do outro”, disse o procurador-geral. Os gabinetes de crise serão compostos por procuradores, promotores, juízes, policiais, advogados e defensores públicos.


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