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Estado de Minas

Papa Franciso deixa ao Brasil recado sobre valores que deseja espalhar

Francisco deixa aos brasileiros mensagens que ajudam a entender o seu pensamento e os valores que ele quer ver disseminados entre os cristãos, como humildade e honestidade


postado em 28/07/2013 06:00 / atualizado em 28/07/2013 08:25

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Nos seis dias em que o papa Francisco esteve no Brasil – onde teve contato com pobres, presidiários, usuários de drogas, e claro, os jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude –, ele deixou claros os valores que quer ver dominando sua Igreja: igualdade social, alegria, esperança e solidariedade. Como se estivesse escrevendo seus próprios mandamentos, o Santo Padre reafirmou, em diferentes compromissos, a necessidade de praticar a humildade e de abandonar os “falsos ídolos”, como dinheiro e poder, e ainda de lutar contra a corrupção e evitar a exclusão social. Como veio a convite dos jovens, Francisco se dirigiu a eles todo o tempo e foi a eles também que pediu força para enfrentar aqueles governantes que colocam seus próprios interesses acima do bem comum.

Um conduta coerente com sua atuação desde que assumiu o trono de São Pedro, quando abandonou vestes suntuosas, aposentos luxuosos e pediu que religiosos não ostentassem riqueza. Francisco, que sempre preparou a própria comida, falou na linguagem do jovens e chegou a usar expressões populares em português. Um exemplo foi o puxão de orelha que aplicou aos companheiros: “Eu quero agito nas dioceses, que vocês saiam às ruas.” O pedido foi feito durante um encontro com jovens argentinos, na quarta-feira pela manhã. No mesmo dia, quando esteve na carente comunidade de Varginha, integrante do Complexo de Manguinhos, o pontífice não se sentiu constrangido em falar com os menos favorecidos, acostumados a “botar água no feijão” se houver alguém precisando de comida. Para o papa, a solidariedade é um traço da personalidade do brasileiro que deve ser perseguido.

Bandeira Além de chamar os jovens a construir um mundo melhor, o Santo Padre não se esquivou de distribuir responsabilidade entre a própria Igreja, pais, educadores e governantes. A eles, o papa relembrou a necessidade de transmitir à juventude valores importantes para os católicos, para que se mantenham no caminho da fé. E ainda levantou a bandeira contra a liberação do uso de drogas. “Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constróem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro”, afirmou durante visita ao Hospital São Francisco de Assis, dedicado à recuperação de dependentes químicos.

Menos incisivo, o papa Francisco condenou o uso do álcool, de forma bem- humorada. Em Varginha, disse aos fiéis que gostaria muito de visitar cada cidade, cada casa do Brasil, mas as dimensões de nossas fronteiras tornaram isso inviável. “Queria bater em cada porta, dizer ‘bom dia’, pedir um copo de água fresca, beber um cafezinho, não um copo de cachaça, como amigo de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós”, disse, arrancando gargalhada da multidão que o recepcionou. O sumo pontífice fez ainda uma defesa intransigente de defesa dos velhos, os quais acredita que vivem em “eutanásia cultural”. “A sociedade não os deixa falar. Os jovens têm que sair a lutar pelos valores. E os velhos têm que abrir a boca e nos transmitir as sabedorias dos povos.”, defendeu.


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