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Estado de Minas BARREIRA NO CAMPO DA FÉ

Autoridades escalam 17 mil homens para atuar na visita do papa ao Rio

Após quebra-quebra na madrugada de ontem, ordem é impedir presença de manifestantes e mascarados em missa


postado em 19/07/2013 06:00 / atualizado em 19/07/2013 08:13

 

Os protestos violentos em Ipanema e no Leblon na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro acenderam a luz amarela entre as autoridades brasileiras em relação à visita do papa Francisco ao Brasil (foto: TASSO MARCELO / AFP)
Os protestos violentos em Ipanema e no Leblon na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro acenderam a luz amarela entre as autoridades brasileiras em relação à visita do papa Francisco ao Brasil (foto: TASSO MARCELO / AFP)

Os protestos violentos em Ipanema e no Leblon na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro acenderam a luz amarela entre as autoridades brasileiras em relação à visita do papa Francisco ao Brasil, que começa na segunda-feira. A preocupação principal é quanto à segurança do pontífice, que vai desfilar em carro aberto próximo aos fiéis pela orla de Copacabana, na Zona Sul, e em Guaratiba, bairro da Zona Oeste onde também será celebrada uma grande missa. O Vaticano informou oficialmente que tem conhecimento do atual momento de turbulência social no Brasil, mas crê que as manifestações não são contra a Igreja ou o papa. O governo ainda tenta negociar possíveis alterações na programação e em trajetos para evitar qualquer transtorno ao líder da Igreja Católica. Mais de 1,5 milhão de pessoas são esperadas na próxima semana na capital fluminense. O efetivo de segurança deverá ser de 17 mil homens – o maior da história para um evento único no país, já que na final da Copa das Confederações foram 10 mil policiais. Pelo menos quatro protestos estão marcados nas redes sociais para ocorrerem durante esse período.

 

Os integrantes da equipe de segurança do Brasil acreditam que blindar o veículo do papa seria seguro não apenas para, eventualmente, evitar qualquer dano com disparo de arma de fogo, mas também impedir que o pontífice seja atingido por objetos que possam ser arremessados, como garrafas. Como os deslocamentos vão durar um tempo considerável – o período não pode ser exatamente calculado porque não se sabe como será a reação do papa no trajeto –, as autoridades do país demonstram preocupação, mas respeitam a decisão do Vaticano de não utilizar blindados.

 Os padres brasileiros sabem dos riscos das áreas onde o pontífice vai passar no Rio de Janeiro. Mas a avaliação é que ele tem de estar onde o povo mais precisa – apesar dos apelos da área de segurança feitos aos líderes religiosos. Ontem, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, disse que as recentes manifestações ocorridas no Brasil não são contrárias à Jornada Mundial da Juventude, mas não descartou a hipótese de protestos contra a Igreja.

 Para reduzir os riscos durante a passagem do papa, o coordenador de Defesa de Área, general do Exército José Alberto da Costa Abreu, explicou que não será permitida a entrada de manifestantes mascarados e com objetos que possam colocar em risco a integridade dos fiéis no Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, na Zona Norte do Rio. Apenas os peregrinos que estiverem na área mais próxima ao palco serão revistados. Haverá barreiras num raio de 4 quilômetros do local. O Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, onde será realizada a cerimônia de boas-vindas ao pontífice, ficará isolado.

 Surpresa

 A dispensa do papamóvel blindado pegou a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) de surpresa e obrigou os órgãos brasileiros a elaborarem um plano B para garantir a segurança do papa. Segundo a assessoria da Sesge – unidade criada pelo Ministério da Justiça –, o contingente especificamente para o evento será de 10 mil agentes, excluindo Exército, Marinha e Aeronáutica. Em Guaratiba, a situação se inverte. A coordenação está com o Ministério da Defesa, com 7 mil militares e apoio de mais 2 mil agentes de segurança. Caso o Vaticano mantenha a escolha de um veículo aberto, haverá um aumento do policiamento mais próximo ao chefe de Estado do Vaticano, ao redor da célula de segurança particular do papa Francisco.


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