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Estado de Minas

Polícia acredita que atirador de escola agiu sozinho


postado em 11/04/2011 19:42

(foto: Reprodução / Facebook)
(foto: Reprodução / Facebook)
O atirador e ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira será apontado como único responsável pelos 12 homicídios e pelo menos 12 tentativas de assassinato na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

A Divisão de Homicídios (DH) do Rio está em fase de conclusão do inquérito do massacre, ocorrido na manhã da última quinta-feira. Os depoimentos, a perícia, a análise de imagens e o laudo de um psicólogo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontam que a chacina foi planejada por Wellington, que sofria de esquizofrenia.

As atividades do atirador na internet são investigadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e podem virar inquérito, caso fique comprovado que alguém ajudou ou estimulou Wellington a cometer a matança. A investigação sobre a origem das armas usadas no massacre - dois revólveres calibres 32 e 38 - foi encaminhada para a Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (Drae).

A origem das armas

A delegacia especializada terá como tarefa identificar um homem chamado Robson, que teria vendido as armas aos intermediários - Charleston Souza de Lucena, de 38 anos, e Isaías de Souza, de 48 anos, presos na sexta-feira passada. De acordo com as primeiras investigações, logo após a venda das armas, Robson foi sequestrado por milicianos da zona oeste do Rio e está desaparecido. Os dois intermediários receberam R$ 30 cada um e Robson teria ficado com R$ 200 da transação.

Abdul e Phillip

A polícia encontrou alguns manuscritos de Wellington na última casa em que ele morou, em Sepetiba (zona oeste do Rio). Após a análise do material e a comparação com depoimentos de parentes e conhecidos do assassino, os investigadores concluíram que os encontros narrados em uma espécie de diário do atirador são fantasiosos. Wellington escreve que teria encontrado homens identificados como "Abdul" e "Phillip", que o teriam recebido em um "grupo". Em outra folha, o atirador conta que brigou com "Abdul" e fala sobre supostos planos de um atentado na Malásia.

Os investigadores foram enfáticos em afirmar que o diário do rapaz não será alvo de investigação, pois nada aponta que ele estaria ligado a qualquer tipo de grupo religioso ou político extremista antes do massacre.

Sem treinamento

Um suposto treinamento militar de Wellington para cometer os crimes também está praticamente descartado. Após análise das imagens e da forma como o assassino recarregava as armas, os peritos também descartaram que ele tenha tido lições de tiro. Uma troca de e-mails chegou a indicar que o matador fez um levantamento de preço de aulas para prática de tiro com um instrutor credenciado pela Polícia Federal. No entanto, quando o profissional exigiu documentos do atirador, o criminoso desistiu da ideia.

Em 30 dias, a Divisão de Homicídios deve receber um laudo do ICCE que deve apontar que o massacre foi decorrente do distúrbio mental (esquizofrenia) sofrido pelo atirador. Para a polícia, os ataques (bullying) sofridos por Wellington no colégio, relatados em depoimentos de ex-colegas e parentes, contribuíram para que ele escolhesse a escola Tasso da Silveira como alvo da ação.

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