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Covid: Reino Unido tem primeira morte por ômicron

Segundo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, nova variante está causando internações hospitalares; ele pediu à população que tome dose de reforço.


14/12/2021 16:06 - atualizado 14/12/2021 16:32

Boris Johnson visitando clínica de vacinação em Londres
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, visitou clínica de vacinação no oeste de Londres (foto: Getty Images)

Pelo menos uma pessoa no Reino Unido morreu em decorrência da variante do coronavírus Omicron, disse o primeiro-ministro do país, Boris Johnson.

Johnson disse que a nova variante também estava causando internações hospitalares e que a "melhor coisa" que as pessoas podiam fazer era receber uma dose de reforço.

Visitando uma clínica de vacinação em Londres, o premiê pediu que as pessoas deveriam deixar de lado a ideia de que a ômicron era uma variante mais branda.

"Infelizmente, sim, a ômicron está gerando hospitalizações e, infelizmente, foi confirmado que pelo menos um paciente morreu em decorrência da ômicron".

"Então, acho que a ideia de que esta é de alguma forma uma versão mais branda do vírus, acho que é algo que precisamos deixar de lado e apenas reconhecer o simples ritmo com que ele se acelera pela população."

Até o último dia 10 de dezembro, segundo a Organização Mundial da Saúde, nenhuma morte havia sido notificada em decorrência da nova variante, inicialmente detectada na África do Sul no fim de novembro.

No domingo, Johnson estabeleceu uma nova meta para que todos os adultos na Inglaterra recebessem uma oferta de reforço até o final do mês.

O site do NHS (o SUS britânico) saiu do ar nesta segunda-feira (13/12) depois que mais de 100 mil pessoas tentaram agendar sua dose de reforço, informou o governo.

Também houve longas filas nos centros de atendimento e novos pedidos de testes de antígeno no site do governo foram temporariamente suspensos devido à alta demanda.

O primeiro-ministro disse que ainda havia "amplo estoque" de testes para as pessoas coletarem nas farmácias.

A partir desta terça-feira (14/12), as pessoas que estão totalmente vacinadas serão orientadas a fazer testes diários se forem identificadas como contato de alguém infectado por covid-19.

Os agendamentos online para as doses de reforço ficaram disponíveis para maiores de 30 anos nesta segunda-feira, enquanto quem tem entre 18 a 29 anos poderá marcar a partir desta quarta-feira (15/12). Os maiores de 18 anos também podem receber o booster do imunizante em alguns centros de atendimento na Inglaterra desde que tenham se passado três meses desde a segunda dose.

Além da expansão das doses de reforço, novas medidas do Plano B foram introduzidas na Inglaterra para desacelerar a disseminação da ômicron, entre elas:

  • Pessoas estão sendo aconselhadas a trabalhar em casa, se puderem
  • Regras sobre máscaras já foram reforçadas e agora são obrigatórias na maioria dos locais públicos fechados, incluindo teatros e cinemas
  • A partir de quarta-feira, sujeito à aprovação parlamentar, os passaportes de vacina serão necessários para entrar em casas noturnas e outros locais de grande aglomeração

Cerca de 70 parlamentares conservadores sinalizaram que poderiam se opor a algumas das novas medidas em uma votação na Câmara dos Comuns (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) nesta terça-feira, em especial as aprovações obrigatórias da covid.

No entanto, o Partido Trabalhista, de oposição, disse que apoiará os planos, então muito provavelmente as medidas serão aprovados.

O primeiro-ministro se recusou repetidamente a descartar novas restrições antes do Natal.

O programa de imunização com doses de reforço foi acelerado em resposta à variante ômicron, após um estudo sugerir que duas doses da vacina contra a covid-19 não eram suficientes para impedir que as pessoas fossem infectadas pela variante.

Uma terceira dose de reforço oferece cerca de 70% a 75% de proteção contra infecções sintomáticas com a ômicron, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido.

Na manhã de segunda-feira, o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, disse que 10 pessoas estavam hospitalizadas na Inglaterra com a variante ômicron.

Filas no centro de vacinação do hospital St Thomas, em Londres
Centros de vacinação tem longas filas (foto: Getty Images)

Ele disse que o Reino Unido está em uma "corrida entre o vírus e a vacina" e que o NHS se concentrará em consultas urgentes por algumas semanas, com o tratamento não urgente potencialmente adiado até o Ano Novo.

Dados sugerem que a ômicron é mais transmissível do que as variantes anteriores, com casos dobrando no Reino Unido a cada dois ou três dias.

O nível de alerta para covid no Reino Unido foi elevado para o nível quatro o que significa um nível alto ou crescente de transmissão pela primeira vez desde maio devido à disseminação da ômicron.

Mais de meio milhão de doses de reforço e terceiras doses foram aplicadas no Reino Unido no sábado.

Cerca de 750 militares das Forças Armadas foram deslocados para apoiar a implantação do reforço na Inglaterra e na Escócia.

A Escócia também pretende oferecer vacinas de reforço a todos os maiores de 18 anos até o final do ano, enquanto o País de Gales está tentando acelerar sua implementação para atingir a mesma meta.

Na Irlanda do Norte, maiores de 30 anos já podem receber agora doses de reforço.


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