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Estado de Minas

Acidente em Israel: tumulto em evento religioso deixa dezenas de mortos

O serviço nacional de emergência confirmou que houve dezenas de mortos e feridos em Meron, mas não forneceu números exatos; jornais de Israel informaram que pelo menos 44 pessoas morreram.


30/04/2021 05:37 - atualizado 30/04/2021 06:06

'Tudo aconteceu em uma fração de segundo; as pessoas simplesmente caíram, pisoteando umas às outras', disse uma testemunha ao jornal Haaretz(foto: EPA)
'Tudo aconteceu em uma fração de segundo; as pessoas simplesmente caíram, pisoteando umas às outras', disse uma testemunha ao jornal Haaretz (foto: EPA)

Aos menos 44 pessoas morreram em um tumulto durante um evento religioso no nordeste de Israel. O número foi confirmado pelo Ministério da Saúde, segundo o jornal The Times of Israel.

O incidente ocorreu no Festival Lag B'Omer, que acontece anualmente no sopé do Monte Meron. Dezenas de milhares de judeus ortodoxos participaram do festival, no maior evento em Israel desde o início da pandemia do coronavírus.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o ocorrido como um "forte desastre" e disse estar orando pelas vítimas.

Pelo menos 103 pessoas ficaram feridas, disseram as autoridades - 38 estavam em estado crítico.

Relatos iniciais indicaram que uma estrutura do evento desabou, mas funcionários do Magen David Adom (MDA, o serviço nacional de emergência) disseram posteriormente que a tragédia começou com um tumulto. Fontes policiais disseram ao Haaretz que alguns participantes escorregaram em degraus, causando a queda de dezenas de outros.

"Tudo aconteceu em uma fração de segundo; as pessoas simplesmente caíram, pisoteando umas às outras. Foi um desastre", disse uma testemunha ao jornal.

Vídeos postados na internet mostram milhares de pessoas amontoadas no evento, e depois lutando para fugir do caos conforme o tumulto cresceu.

"O MDA está lutando pelas vidas de dezenas de feridos e não vai desistir até que a última vítima seja retirada", disse um tuíte do serviço de emergência.

Autoridades afirmaram que não estavam conseguindo impor medidas restritivas contra a covid-19 devido ao enorme público(foto: Reuters)
Autoridades afirmaram que não estavam conseguindo impor medidas restritivas contra a covid-19 devido ao enorme público (foto: Reuters)

'Sem espaço para se mover'

Testemunhas descreveram o pânico quando o tumulto começou a se formar.

"Estava lotado e não havia para onde se mover", disse um peregrino à BBC. "As pessoas começaram a cair no chão."

"De repente, vimos paramédicos correndo", disse outro participante, Shlomo Katz. "Começaram a sair [da multidão] um depois do outro ... Aí a gente entendeu que tinha alguma coisa acontecendo."

"Mais de mil pessoas juntas tentaram descer por um lugar muito, muito pequeno, uma rua muito estreita e elas simplesmente caíram em cima das outras", disse Yanki Farber, repórter do site judeu ortodoxo Behadrei Haredim.

Um trabalhador de emergência, Dov Maisel, disse à BBC: "Acabamos de atender a um dos piores desastres de Israel."

"Um desastre terrível de pessoas que vieram comemorar ...e infelizmente foram literalmente esmagadas até a morte", disse ele.

Um peregrino disse que pensou ter havido um alerta de bomba quando mensagens de alto-falante instaram a multidão a se dispersar. A polícia então solicitou a evacuação do local.

"Ninguém imaginava que isso pudesse acontecer aqui", disse ele a um canal de TV israelense. "A alegria se tornou luto, uma grande luz se tornou escuridão profunda."

Peregrinação anual

O festival Lag B'Omer é o maior evento realizado em Israel desde o início da pandemia de coronavírus, com público de dezenas de milhares de pessoas apesar de ter levado a preocupações com a disseminação do vírus.

Mais cedo, autoridades afirmaram que não estavam conseguindo impor medidas restritivas contra a covid-19 devido ao enorme público.

A cada ano, judeus ortodoxos fazem uma peregrinação ao evento, um festival com fogueiras durante a noite, orações e danças.

Meron abriga o túmulo do Rabino Shimon Bar Yochai, que viveu no século 2, e é um dos pontos sagrados para os judeus.

De acordo com o jornal Times of Israel, os organizadores estimaram que 100 mil pessoas compareceriam ao evento na noite de quinta-feira, com mais pessoas chegando na sexta.

A celebração no ano passado foi restrita por conta do coronavírus, mas o bem-sucedido programa de vacinação israelense, um dos mais rápidos do mundo, permitiu suspender muitas das restrições nos meses recentes.


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