(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas 'TEMPO MAIS CURTO'

Coronavírus: pandemia 'pode terminar em até dois anos', diz esperar diretor da OMS

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que, apesar da globalização que favorece que vírus se espalhe, espera que doença seja contida em tempo mais curto do que foi a gripe de 1918. 'Ao mesmo tempo nós também temos tecnologia para detê-lo'


22/08/2020 11:48 - atualizado 22/08/2020 13:29

Tedros comparou controle da covid-19 ao da gripe espanhola, destacando que avanço tecnológico atual favorece contenção do vírus(foto: Reuters)
Tedros comparou controle da covid-19 ao da gripe espanhola, destacando que avanço tecnológico atual favorece contenção do vírus (foto: Reuters)

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou esperar que a pandemia do coronavírus chegue ao fim em menos de dois anos.

Falando em Genebra, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que a gripe de 1918, que ficou conhecida como gripe espanhola e matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo, foi superada em dois anos. Ele acrescentou, no entanto, que os avanços atuais da tecnologia podem permitir que o mundo acabe com o vírus em "um tempo mais curto".

 

 



"Claro que com mais conectividade o vírus tem mais chances de se espalhar", afirmou. "Mas ao mesmo tempo nós também temos tecnologia para detê-lo, e o conhecimento para isso", ele afirmou, destacando a importância de "união nacional e solidariedade global".


O coronavírus, até agora, matou quase 800 mil pessoas e infectou 23 milhões.

O professor Sir Mark Walport, membro do grupo de aconselhamento científico para emergências (Sage, na sigla em inglês) disse neste sábado que a COVID-19 "vai ficar conosco para sempre, de uma maneira ou de outra". "Então, um pouco como a gripe, as pessoas precisarão se revacinar em períodos regulares", afirmou à BBC.

Corrupção 'inaceitável' na pandemia

Em Genebra, Tedros disse ainda que a corrupção ligada aos estoques de equipamentos individuais de proteção (EPI) durante a pandemia foi "inaceitável", descrevendo-a como "assassinato".

"Se trabalhadores de saúde trabalham sem EPI, estamos arriscando as vidas deles. E isso também coloca em risco a vida daqueles a quem eles servem", ele acrescentou, respondendo a uma pergunta.

Embora a questão se referisse a alegações de corrupção na África do Sul, muitos outros países enfrentaram questões similares. No Brasil, por exemplo, desde abril 42 operações contra a corrupção envolvendo dinheiro público para a resposta à doença já cumpriram 604 mandados de busca e apreensão, e ao menos 46 pessoas suspeitas de envolvimento foram detidas.

Na sexta-feira, protestos ocorreram em Nairóbi contra suposta corrupção durante a pandemia, enquanto médicos de um grande número de hospitais públicos entraram em greve contra salários atrasados e falta de equipamento de proteção.


Na sexta, protestos em Nairóbi pediam fim da corrupção em medidas contra a doença(foto: Reuters)
Na sexta, protestos em Nairóbi pediam fim da corrupção em medidas contra a doença (foto: Reuters)

No mesmo dia, o diretor de programas de emergências da OMS alertou que a escala do surto de coronavírus no México estava "claramente subnotificada".

Mike Ryan afirmou que o equivalente a três pessoas a cada 100 mil estão sendo testadas no México, em comparação a cerca de 150 a cada 100 mil nos Estados Unidos.

O México registra o terceiro maior número de mortes no mundo, com quase 60 mil óbitos registrados desde que a pandemia começou, de acordo com a universidade Johns Hopkins.

Nos Estados Unidos, o candidato democrata à presidência Joe Biden prometeu tornar o uso da máscara obrigatório se eleito, e atacou a condução da pandemia pelo presidente Donald Trump.

"Nosso presidente atual falhou em seu dever mais básico com a nação. Ele falhou em nos proteger. Falhou em proteger a América", afirmou Biden.

Mais de 1 mil mortes por COVID-19 foram anunciadas na sexta-feira nos Estados Unidos, levando o total de óbitos a 173,490 mil.

O que está acontecendo em outras regiões?

Na sexta, alguns países anunciaram seus picos de casos de COVID-19 em meses.

Na Coreia do Sul foram registrados 324 casos novos - o maior total diário desde março.

Assim como na semana anterior, as novas infecções têm sido relacionadas, a igrejas, museus, casas noturnas e bares de karaokê que agora foram fechados na região da capital, Seul.

Alguns países europeus também continuam a registrar aumentos. A Polônia e a Eslováquia anunciaram novo recorde diário de infecções nesta sexta, com 903 casos e 123 casos respectivamente, enquanto Espanha e França têm registrado aumento dramático nos últimos dias.

No Líbano, foi adotado um lockdown parcial de duas semanas depois que o país registrou o número mais alto de casos desde que a pandemia começou. As infecções dobraram desde que uma explosão devastadora na capital Beirute deixou mais de 178 mortos e milhares de feridos no dia 4 de agosto.

O desastre deixou 300 mil pessoas desabrigadas e causou uma pressão intensa no atendimento médico do país.

Na África, a média diária de casos de coronavírus caiu na semana passada, no que o chefe do centro africado de controle e prevenção de doenças, John Nkengasong, interpretou como um "sinal de esperança". A média do continente em um dia caiu para 10,300 mil na semana passada, ante 11 mil na semana anterior.

O Brasil registrou 1.054 mortes e 30.355 casos novos de COVID-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) de sexta-feira (21/08).

Com isso, o país chegou a 113.358 óbitos e 3.532.330 infecções causadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.


Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)