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Estado de Minas MASSACRE

Polícia busca atirador que matou 18 nos EUA; o que se sabe até agora

Homem armado, identificado como Robert Card, reservista do Exército americano, abriu fogo em uma pista de boliche e um restaurante na cidade de Lewiston, no Estado do Maine, na noite de quarta-feira (25/10).


27/10/2023 09:58 - atualizado 27/10/2023 10:55
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Agentes locais, estaduais e federais dos EUA
Agentes locais, estaduais e federais foram mobilizados para capturar suspeito (foto: Getty Images)

Cerca de 18 pessoas foram mortas e outras 13 ficaram feridas por um atirador no Estado americano do Maine, que continua foragido.

O homem armado, identificado pela polícia como Robert Card, abriu fogo em uma pista de boliche e um restaurante na pequena cidade de Lewiston, de cerca de 30 mil habitantes, na noite de quarta-feira (25/10).

"É um dia sombrio", disse a governadora do Maine, Janet Mills, a jornalistas. Ela prometeu "buscar justiça plena para as vítimas e suas famílias".

Uma enorme operação policial está em andamento — guardas de fronteira do Canadá foram colocados em alerta máximo em meio a temores de que o suspeito possa tentar entrar no país vizinho.

Confira o que se sabe até agora.

Cronologia dos ataques

Às 18h56 de quarta-feira, horário local (19h56 de Brasília), a polícia recebeu a primeira ligação para o 911 (número de emergência dos Estados Unidos) sobre um ataque a tiros na Just-In-Time Recreation, uma pista de boliche em Lewiston. Mais tarde, a polícia informou que sete pessoas foram mortas.

Momentos depois, às 19h08, várias ligações para o 911 sugeriram que um homem estava armado no restaurante Schemengees Bar and Grill, a cerca de seis quilômetros da pista de boliche. Oito pessoas foram mortas no restaurante. E outras três morreram posteriormente no hospital.

Pouco depois das 20h, o Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin publicou fotos do suposto atirador e pediu que o comércio fechasse.

Às 20h09, a Polícia Estadual do Maine disse que havia um atirador foragido em Lewiston e que estavam investigando vários locais. A corporação também pediu às pessoas que não saíssem de casa.

Por volta das 20h30, a cidade de Auburn disse a seus moradores para ficarem em casa e trancarem as portas.

E às 23h, o Departamento de Polícia de Lewiston postou outra foto de Card nas redes sociais, classificando-o como uma "pessoa de interesse".

Por volta da meia-noite, a polícia estadual disse que um "veículo de interesse" foi encontrado em Lisbon, a cerca de 11 quilômetros de Lewiston, e pediu às pessoas que não deixassem suas casas.

Às 4h30, a polícia ampliou o toque de recolher para a cidade de Bowdoin, de onde o suspeito é natural.

Quem são as vítimas?

Ainda não há muitos detalhes sobre as pessoas mortas ou feridas, mas sabemos que sete morreram no ataque a tiros na pista de boliche.

Testemunhas descreveram a presença de famílias no local no momento e o pânico desencadeado pelos tiros.

Riley Dumont disse à emissora americana ABC News que sua filha de 11 anos participava de uma liga infantil de boliche quando o atirador abriu fogo.

Ela acabou se deitando em cima da filha para protegê-la das balas.

"Parece que durou uma vida inteira", disse ela referindo-se ao ataque.

Oito pessoas, todos homens, foram mortas no restaurante Schemengees Bar and Grille, sete dentro e uma fora, informou a polícia.

Alguns dos mortos foram identificados e suas famílias informadas, mas há 10 pessoas ainda não identificadas.


Robert Card
Atirador foi identificado como Robert Card, de 40 anos, reservista do Exército americano (foto: Polícia Estadual do Maine)

Quem é o suspeito Robert Card?

A polícia identificou Robert Card como suspeito e o descreveu como tendo 1,80 m de altura e pesando 104 kg.

As autoridades disseram que ele "está armado e é perigoso", mas nada falaram sobre o possível motivo para o crime.

Seu último endereço conhecido foi em Bowdoin, Maine.

Ele frequentou a Universidade do Maine como estudante de Engenharia. Não se sabe se ele se formou.

De acordo com o Departamento de Segurança Pública do Maine, Card é reservista do Exército dos EUA e possui uma identidade militar ativa, informou a emissora americana CBS News, parceira da BBC nos Estados Unidos.

As autoridades inicialmente o descreveram como um instrutor de armas de fogo, mas depois corrigiram essa informação.

Segundo a polícia, Card passou duas semanas em um hospital psiquiátrico no verão deste ano e foi posteriormente liberado.

Segundo o boletim médico, ele relatou problemas de saúde mental, incluindo ouvir vozes.

Card também havia ameaçado atirar na base da Guarda Nacional em Saco, uma instalação do Exército americano onde recebeu treinamento.

Como estão as buscas?


Policiais americanos
Policiais continuam buscando atirador (foto: Getty Images)

Uma enorme caçada policial está em andamento e os moradores de quatro cidades — Lewiston, Lisboa, Bowdoin e Auburn — foram aconselhados a permanecerem em casa.

As autoridades não deram muitos detalhes sobre o foco de sua busca, mas informou que envolve várias forças policiais.

Além da Polícia Estadual do Maine, há agentes do FBI (polícia federal dos EUA) e municipais envolvidos na busca pelo atirador.


Atirador Robert Card
Atirador abriu fogo em pista de boliche e restaurante (foto: Getty Images)

Violência por arma de fogo

O ataque a tiros voltou a colocar em evidência a violência por arma de fogo nos Estados Unidos.

Foi o pior tiroteio em massa no país este ano, segundo a ONG Gun Violence Archive, que contabiliza casos de violência por armas de fogo em que quatro ou mais pessoas morreram ou ficaram feridas, excluindo o atirador.

O incidente também é considerado o pior registrado no Maine — um dos Estados menos populosos dos EUA, que tem elevados níveis de posse de armas, mas níveis relativamente baixos de violência armada.

O Maine tem a menor taxa de homicídios de todos os Estados americanos (50, no total), mais a capital do país, Washington DC.

O número de vítimas do ataque de quarta-feira (18) corresponde quase ao total de homicídios no Estado em todo o ano de 2022.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que as bandeiras da Casa Branca e de outros edifícios federais fossem baixadas a meio mastro em sinal de respeito pelos que morreram.

Ele também pediu aos opositores republicanos no Congresso que aprovassem a legislação que endurece controle sobre as armas de fogo, defendida por seu partido, o Democrata.

"Este é o mínimo que devemos a todos os americanos que agora suportarão as cicatrizes — físicas e mentais — deste último ataque", disse ele.


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