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Estado de Minas LONDRES

Dura derrota para os conservadores nas eleições parciais no Reino Unido


20/10/2023 08:52
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O partido conservador no governo do Reino Unido sofreu, nesta sexta-feira (20), uma dura derrota em duas eleições parciais contra os trabalhistas, que saem fortalecidos para as eleições legislativas do próximo ano.

As duas circunscrições eleitorais em jogo no centro de Inglaterra eram assentos "seguros" para os conservadores, garantiram os próprios trabalhistas, apesar do baixo desempenho dos "tories" nas pesquisas, antes das eleições previstas para 2024.

No momento de mais baixa popularidade desde a chegada do primeiro-ministro Rishi Sunak ao poder, a oposição conseguiu reverter as amplas vantagens alcançadas pelos conservadores em outras eleições no passado nessas seções eleitorais e levou as cadeiras.

"É um resultado histórico", reagiu com entusiasmo o líder trabalhista, Keir Starmer, aspirante a primeiro-ministro.

"Avançamos humildemente para apresentar argumentos positivos para que o país tenha essa oportunidade de virar as costas a 13 anos de decadência" e entrar em uma "década de renovação nacional", acrescentou.

- Resultados apertados -

Em Tamworth, a candidata trabalhista Sarah Edward conseguiu superar os quase 20.000 votos de vantagem conseguidos pelos conservadores na última contagem e venceu por 1.316 votos.

E, em Mid-Bedfordshire, um bastião conservador desde 1931, vencido por esse partido em 2019 com uma vantagem de 24.664 votos, o trabalhista Alistair Strathern assumiu a cadeira com uma diferença de 1.192 votos.

Ambas as derrotas trazem a marca da era Boris Johnson, que teve de deixar o cargo de primeiro-ministro em 2022, após uma sucessão de escândalos, vários deles por festas organizadas em Downing Street durante a covid-19.

Em Mid-Bedfordshire, a eleição parcial foi causada pela demissão da deputada Nadine Dorries, defensora de Johnson, por divergências com o atual primeiro-ministro, a quem acusou de abandonar os "princípios fundamentais do conservadorismo".

Em Tamworth, a votação buscava um sucessor para Chris Pincher, no centro de um escândalo por ter apalpado dois homens sem autorização, um assunto que também terminaria salpicando em Boris Johnson. Ele nomeou Pincher para um cargo importante, embora já tivesse sido informado de acusações parecidas contra ele, algo que Johnson disse ter esquecido.

Este resultado representa um mau presságio para o premiê Sunak, cujo partido está no poder há 13 anos e que celebra na próxima semana seu primeiro aniversário à frente do governo britânico.

"As vitórias trabalhistas em duas eleições normalmente conquistadas com folga pelos conservadores enviam um sinal claro de que o atual governo pode perder o poder, quando enfrentar os eleitores no próximo ano", disse à AFP Mark Garnett, professor de Ciência Política na Universidade de Lancaster.

"Os resultados mostram que, embora os trabalhistas ainda não convençam todos os cidadãos, eles já não confiam nos conservadores e darão seu apoio ao partido que tiver mais chance de substituí-los nas próximas eleições gerais", acrescentou.

Enquanto Sunak viajava pelo Oriente Médio, o presidente do Partido Conservador, Greg Hands, não teve outra saída a não ser aceitar a derrota.


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