Bolsonaro, de 68 anos, ainda não pode se candidatar às eleições até 2030 por outra decisão do tribunal eleitoral, que em junho o condenou por questionar a confiabilidade do sistema eleitoral no ano passado.
Uma das ações julgadas nesta terça-feira pelo TSE, apresentada pelo PDT, alegava que Bolsonaro tinha cometido um "desvio de finalidade de bem público" ao supostamente fazer uma transmissão ao vivo durante a campanha no Palácio do Planalto, em Brasília.
Bolsonaro perdeu por uma pequena margem nas eleições de outubro de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (49,1% dos votos contra 50,9%).
Por decisão unânime, os sete juízes do TSE decidiram que "não ficou comprovado que a citada 'live' tenha ocorrido nas dependências privativas do Palácio do Planalto, nem que serviços de intérprete de Libras custeados pela União tenham sido utilizados na transmissão", informou o tribunal em seu site.
Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto, foram absolvidos das acusações de "abuso de poder político e conduta vedada durante a campanha", acrescentou o tribunal.
De acordo com a imprensa, o TSE julgou nesta terça-feira três ações semelhantes contra Bolsonaro e o absolveu em todas.
O ex-capitão do Exército e ex-deputado, que governou o Brasil entre 2019 e 2022, foi condenado pelo TSE em junho passado por "abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação".
Bolsonaro foi considerado culpado por ter questionado a confiabilidade do sistema de urnas eletrônicas com informações "falsas" durante uma reunião com embaixadores transmitida ao vivo pela TV e redes sociais em julho de 2022, três meses antes das eleições presidenciais.
Além de outros processos administrativos no tribunal eleitoral, Bolsonaro é alvo de cinco investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), com penas passíveis de prisão.
Uma CPI do Congresso recomendou, nesta terça-feira, o indiciamento de Bolsonaro por tentativa de "golpe de Estado", ao concluir sua investigação sobre o ataque cometido por uma multidão de seus apoiadores contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro em Brasília.
Se o relatório for aprovado, caberá ao Ministério Público Federal decidir se indicia ou não o ex-presidente.
BRASÍLIA