O anúncio alimentou especulações sobre uma viagem a Israel, onde o presidente dos Estados Unidos foi convidado de forma oficial.
"Houve um convite do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu", disse à CNN um porta-voz da Casa Branca, John Kirby, nesta segunda-feira. No entanto, "não há nenhuma viagem sobre a qual eu possa falar neste momento", acrescentou.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, voltou a Israel nesta segunda-feira como parte da sua visita à região.
Biden permanecerá em Washington para "participar de reuniões sobre questões de segurança nacional", diz um comunicado do governo americano.
Sua intenção é "permanecer focado no que está acontecendo entre Israel e o Hamas", disse Kirby.
Biden, que rapidamente invocou o "dever" de Israel de se defender contra o Hamas após o ataque maciço de 7 de outubro, teme que o conflito se alastre devido à ofensiva em grande escala do Hezbollah no norte e ao aumento dos combates entre este movimento pró-Irã e o Exército israelense na fronteira com o Líbano.
"A possibilidade é preocupante", reconheceu Kirby, mas acrescentou: "Até esta manhã não vimos quaisquer sinais firmes de que o Hezbollah tenha decidido intervir e realmente abrir uma segunda frente" no conflito.
O democrata de 80 anos, candidato a um segundo mandato, planejava viajar ao Colorado para visitar uma fábrica de torres eólicas e promover as suas políticas econômicas e sociais.
De última hora, o governo anunciou que a viagem foi cancelada e adiada para uma data ainda indefinida.
- "Crise humanitária" -
Vários veículos da imprensa, incluindo Axios e CNN, afirmam que as autoridades israelenses e americanas discutem uma possível visita do presidente Biden, que prometeu apoio inabalável a Israel após o ataque do Hamas.
Não seria a primeira viagem de Biden a um país em guerra. Em fevereiro, ele viajou para a Ucrânia em uma visita preparada em absoluto sigilo. Ele também visitou Israel em julho de 2022.
As relações entre a Casa Branca e Israel se esfriaram com o retorno ao poder de Benjamin Netanyahu, à frente de um governo radical de direita, que Biden criticou abertamente.
No entanto, presidente americano deixou completamente de lado as suas críticas, pelo menos em público, e defendeu Israel nesta guerra.
Nos últimos dias, ele também insistiu na necessidade de responder à "crise humanitária" em Gaza.
Nesta segunda-feira, Israel anunciou que não haverá trégua para permitir a entrada de ajuda em Gaza, onde um milhão de palestinos desesperados se aglomeram na fronteira com o Egito, fugindo dos bombardeios do Exército israelense em retaliação à sangrenta ofensiva do Hamas.
Mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, morreram em Israel desde o ataque do Hamas, que também capturou 199 reféns, segundo as autoridades israelenses.
A retaliação de Israel matou pelo menos 2.750 pessoas em Gaza, a maioria delas palestinos civis, incluindo centenas de crianças, segundo as autoridades locais.
Além disso, Israel contabilizou 1.500 corpos de combatentes do Hamas em território israelense.
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WASHINGTON
Biden cancela sua agenda para focar na guerra entre Israel e Hamas
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